Sociedade com medo e deprimida

  • Roberto Amaral
  • 15/05/2012 19:23
  • Roberto Amaral
Iliustração

Insegura, submissa e tensa, a sociedade está se tornando neurótica e depressiva. Assim, o crime amplia os seus estragos para muito mais além do destino da bala.

As causas da violência são diversas, mas no emaranhado de explicações que não explicam nada, temos a certeza de que a sociedade alagoana leva a pior. Pois, o crime não respeita limites e está atingindo a cada dia, e com muito mais intensidade, o cidadão comum. Basta analisar os históricos nas publicações jornalísticas que diariamente exalam cheiro de sangue, muito sangue, em suas páginas.

Nesta última década, de 2001 a 2010, de acordo com estudo revelado no Mapa da Violência no Brasil, no ano de 2001 ocorria nas capitais dos estados brasileiros 46,5 homicídios para cada 100.000 habitantes.

Em 2010, este número caiu para 35,4 homicídios para cada 100.000 habitantes.

Ou seja: Na década, o Brasil melhorou e houve uma redução média percentual de -23,87% dos homicídios nas capitais dos diversos estados.

No entanto, andando em sentido contrário, um fato curioso acontece com a capital de todos os alagoanos: Maceió, neste mesmo período (de 2001 a 2010), teve um aumento de +111,34%, contrariando a tendência de queda observada na média nacional.

O interior do estado vive esta mesma onda de violência sem limites evidenciada na capital. A antes pacata cidade de Palmeira dos Índios, com menos de 70.000 habitantes, registrou no primeiro trimestre de 2012 um homicídio a cada quatro dias, aproximadamente. Em Arapiraca, cidade núcleo da zona metropolitana em que Palmeira dos Índios faz parte, registrou nos últimos oito dias oito homicídios, culminando no dia de hoje (15/05) com o assassinato, na porta de sua casa, do gerente da agência local do Banco Bradesco.

Mantendo-se este ritmo, Alagoas determinará mais um novo recorde mundial de criminalidade para o ano de 2012.

Atônita, resta à sociedade apelar para Deus.