MULHER & NEGÓCIOS

  • Roberto Amaral
  • 29/05/2013 07:53
  • Roberto Amaral
Por: Roberto Amaral
Cleópatra, a rainha do Egito, tornou-se num marco da força feminina na história da humanidade. Não somente por ocupar o posto de um Faraó, mas principalmente por brilhar na articulação de um governo marcado por inovações estratégicas.
Além de ser uma grande negociante, a Rainha do Nilo era uma grande estrategista militar. Poliglota, dominava seis idiomas numa época em que as ferramentas educacionais sequer imitavam as técnicas dos aprendizados de hoje. Lia muito e conhecia os mais diversos textos filosóficos. Era uma amante e profunda conhecedora das artes. A genial mulher apontava, pelas suas atitudes, para um novo mundo de oportunidades que o sexo frágil não tinha acesso, ou sequer sonhava.
No início da década passada, no Brasil, tantos séculos depois da legendária rainha, este espírito diferenciado de mulher empreendedora já se manifestava claramente nos números. Em 2000, a taxa de mulheres empreendedoras era de 29%, saltando em 2003, tão rapidamente, para a taxa de 43%. Nas eleições de 2010, fechando a década com chave de ouro, não poderia ser diferente: Uma mulher guerreira, marcada por uma vida difícil na luta pela democracia, é eleita pela primeira vez, na história nacional, ao cargo de presidente do Brasil.
O sutil toque feminino nos negócios faz a diferença entre este estilo e o tradicional masculino. Os homens, por características culturais, desenvolvem uma liderança mais identificada pelo rígido respeito à hierarquia. Eles tendem a tomar decisões de forma pessoal, ditando regras. Enquanto as mulheres, no geral, têm um estilo mais aberto, mais sensitivo e melhor identificado com a colaboração. Por isto que os grandes líderes masculinos da atualidade inteligentemente incorporam estas habilidades gerenciais típicas femininas, para fazerem a diferença em suas gestões.
Nas empresas, as mulheres já dominam com grande vantagem as áreas de Gestão de Pessoas, Finanças e Marketing, e vêm avançando significativamente nos mais diversos redutos masculinos.
Ao longo da história das civilizações, elas adquiriram o hábito de desenvolverem, paralelamente, diversas funções: funções domésticas, familiares, sócio-culturais, religiosas e profissionais. O que era necessidade virou dom, tornando virtudes em arte. Por isto que estão muito bem preparadas para processarem vários assuntos ao mesmo tempo; uma necessidade da era digital, onde as informações correm à velocidade da luz.
São realmente encantadoras.
(Texto de Roberto Amaral originalmente publicado na revista Visão Alagoas)