Léo Santana e Grupo Parangolé deixaram os foliões do Bloco NicoLoco na mão em Palmeira dos Índios

  • Rafael Medeiros
  • 26/02/2014 09:20
  • Cidade
Rafael Medeiros - Minuto Palmeira

O tão esperado show do Bloco NicoLoco que aconteceria na noite de ontem (25), abrilhantando a segunda noite do pré-carnaval em Palmeira dos Índios, e que traria puxando o bloco o cantor Léo Santana e o Grupo Parangolé, não aconteceu.

As informações ainda são desencontradas, como acontece nesses casos. Boatos se espalham por toda a cidade.

O trio não apareceu, a banda não apareceu e por fim Léo Santana também não apareceu. O evento Indoor que seria realizado na Casa de Show Aquários, após a apresentação do bloco, com a banda Fantasmão, também foi cancelado.

Foliões caracterizados com o abadá do bloco, esperavam na concentração sem nenhuma explicação por parte dos organizadores palmeirenses, que também estavam atônitos com o acontecido.

Segundo informações, a empresa responsável pela organização do bloco é APMI e que havia contratado Léo Santana&Parangolé por R$ 80.000. Porém, até o início da noite os organizadores ainda faltavam apurar R$ 10.000,00.

O bloco estava previsto para sair entre 21h e 21h30min, no entanto o representante da banda, ficou irredutível, apesar de se oferecido como garantia um veículo, de um dos organizadores, e ainda, segundo informações, o aval do prefeito James Ribeiro de que pagaria o restante.

Sem esperar a hora exata da apresentação, o que daria tempo para apuração do restante do dinheiro, os componentes da banda retornaram com destino ao Estado da Bahia, sem ficando com a parte do dinheiro já depositado em sua conta.

Segundo informações, o estranho é que, quando o ônibus que conduzia a banda chegou no local do evento, dele só desceu o empresário do grupo, e nenhum outro integrante do grupo, e que na ocasião em que tomou conhecimento de que ainda estava se apurando o restante do dinheiro, este retornou ao ônibus, que fez a volta e seguiu viagem.

Um senhor chamado Constantino, que é o dono do Trio elétrico contratado (que por sua vez não trouxe o Trio para a Concentração com receio de que o povo o depedrasse) informou a um dos organizadores conhecido como Diogo, que o ônibus estava retornando, pois, não tinha descido nenhum membro da banda para a Pousada (Imperial).

Não tendo outra saída, os responsáveis pela organização do evento aqui de Palmeira dos Índios, prestaram queixa na 5ª Delegacia Regional.

Após ouvir os representantes do bloco, o delegado regional Dr. José Carlos Sales, solicitou ajuda à polícia de Arapiraca, através do delegado Dr. Mário Jorge, que entrou em contato com a Polícia Rodoviária Federal, que conseguiu interceptar o ônibus já no Estado de Sergipe.

Ao mesmo tempo, e inconformado, o jovem Diogo, e já com o dinheiro em mãos, reuniu três equipes em carros diferentes, que saíram em buscas do ônibus, sendo que cada grupo tomaram destinos diferentes, um foi em direção a Serra das Espias, outro em direção à Maceió e o terceiro onde estava o Diogo, em direção a cidade de Arapiraca.

Diogo conseguiu interceptar ônibus ainda no Povoado Santo Antônio, e para sua surpresa, um segurança desceu de pistola em punho e engatilhou a mesma apontando para o jovem mandando que o mesmo retirasse o carro da frente do ônibus, afirmando que não mais retornaria, pois não se tratava mais de dinheiro, e sim de falta de segurança para que o grupo se apresentasse, e seguiu viagem.

Diogo então ligou para as outras equipes que o acompanharam em perseguição ao veículo até a divisa com o Estado de Sergipe, e quando chegaram a um posto da Policia Rodoviária Federal, o ônibus já havia sido interceptado a pedido da polícia alagoana.

O veículo então foi escoltado até a delegacia de polícia da cidade de Arapiraca e depois por policiais da 5ª DRP até Palmeira dos Índios.

Ao chegar na 5ª DRP, às 2h:40min., desceram um segurança e o empresário, que caiu em contradição quando afirmou ao delegado que o cantor Léo Santana estava no ônibus, foi quando o chefe de serviço se dirigiu ao veículo pedindo pra abrir a porta e acender as luzes, e na inspeção constatou que o vocalista da banda não se encontrava. Sem saída, o empresário então afirmou que Léo Santana estava na cidade de Maceió e que a segurança para o evento era insuficiente.

Já na delegacia, foi constatado também que seguranças da banda estavam armados com pistolas automáticas e que um deles é integrante da Polícia Militar (BOPE) da Bahia.

Além da confusão com o grupo musical, 180 seguranças e cordeiros que foram contratados na cidade de Maceió, estavam revoltados e com fome, sendo atendidos pela ex-prefeita de Estrela de Alagoas, Ângela Garrote, que mandou servir lanche a todos eles, muitos pais de famílias,  que saíram de suas casas para ganharem um dinheirinho e se viram abandonados e com fome.

As programas de rádios não falaram em outro assunto, todos tentando entender realmente o que aconteceu. O burburinho é geral e o pessoal que comprou seus abadás querem o dinheiro de volta.

Na manhã de hoje, em entrevista ao programa "Bom dia Farol", na Rádio Farol FM, o casal Diogo e Lisângela França, que são de famílias de bem, e que estavam fazendo parte da organização palmeirense, foram os únicos que se apresentaram para tentar contornar a situação, afirmaram que também estão se sentindo enganados e que ninguém vai ter prejuízo, que o dinheiro das pessoas será devolvido.

O cantor Léo Santana publicou em sua rede social o seguinte: “A culpa disso tudo eh da organização do evento e não do Parangolé que estava aí apenas para cumprir com sua parte no contrato. Infelizmente podemos deduzir que a cidade de Palmeira dos Índios não tem a menor condição de montar um evento desse tamanho.”

Muitos boatos surgirão e muitos fatos ainda serão esclarecidos no desenrolar das investigações. O processo é longo, e principalmente porque tudo vai ser feito através de Carta Precatória, o que retarda mais ainda o processo, haja visto, a grande maioria dos organizadores bem como o dono do Trio Elétrico, Léo Santana e parangolé, residirem em cidades diferentes do local do fato e serão ouvidos por Precatória, nas cidades em que residem.