Análise mostra que água de Palmeira dos Índios não provocou infecção

  • G1/AL
  • 28/05/2013 06:35
  • Cidade

Após um surto de diarreia no município de Palmeira dos Índios e cidades vizinhas do Agreste de Alagoas, a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) informou que a análise da água fornecida pela companhia está isenta de coliformes fecais. O resultado da análise, feita pelo Laboratório Central (Lacen), saiu no domingo (26) e atesta que a água está adequada para o consumo humano.

Para realizar a análise, foram coletadas água fornecida pela Casal em diversos pontos do município, tanto na cidade quanto na zona rural. De acordo com o gerente da Unidade de Negócio Serrana, José Oliveira, os técnicos da própria companhia também fizeram uma análise da água, que deu negativa para qualquer contaminação.


Segundo ele, as Secretarias de Saúde do Estado e do Município estão intensificando a fiscalização em pontos alternativos de abastecimento, como carros-pipa clandestinos, poços, cacimbas e cisternas para resolver o problema da epidemia de diarreia.

A diretora de Vigilância e Saúde Ambiental da Secretaria de Saúde de Alagoas, Elizabeth Rocha, disse que a secretaria está analisando todos os pontos de água do município. Ela diz ainda que, devido à seca, os mananciais secaram e a cidade precisa ser abastecida de maneira alternativa.

“Uma parte dos carros-pipa quem toma conta é o Exército e a outra a Defesa Civil. Por isso, estamos montando uma barreira no município para analisar o conteúdo da água. Se ela tiver cloro, a água está tratada, caso contrário, nós fazemos o tratamento na hora”, afirma.

Ainda segundo a diretora, a secretaria está fazendo várias análises nos mananciais da região para identificar o que está contaminando as águas. “Como choveu nos últimos dias, nós acreditamos que algum produto tóxico utilizado no plantio possa ter contaminado a água”, conclui a diretora de Vigilância Sanitária, Elizabeth Rocha.

Relembre o caso
A direção do Hospital Santa Rita, em Palmeira dos Índios, informou que mais de 400 pessoas do município e de cidades vizinhas deram entrada na unidade de saúde desde o último dia 16 com os mesmos sintomas: diarreia, vômito e febre alta. A situação está sendo investigada pela Secretaria do Estado da Saúde (Sesau), que fez a coleta da água consumida na região para saber se uma possível contaminação seria a causa do problema.

O diretor-médico do Hospital Santa Rita, Eduardo Arruda Silva, acredita que está havendo um surto viral. "Pode ser proveniente da água, da sujeira que vem com a chuva ou ainda de outros fatores que devem ser investigados", falou.