Delegacia reformada em Palmeira dos Índios já apresenta problemas

  • Berg Morais
  • 21/05/2013 13:23
  • Cidade
Arquivo - Berg Morais

O problema carcerário que perdurava desde 2010 na Delegacia Regional de Palmeira dos Índios seria facilmente solucionado com uma reforma. Por determinação da Justiça e sob pena de multa diária, o Estado foi forçado a realizar uma obra de melhoria no prédio que abriga a unidade policial. Foram cerca de noventa dias de trabalho. Mas acontece que o local já apresenta problemas na sua estrutura física como infiltrações e entupimento em um dos banheiros, além disso, a falta de água e a superlotação causam transtornos aos carcerários.

 A obra, que teria o objetivo de melhorar as instalações da 5ª DRP, foi financiada pelo Governo do Estado, com contrapartida da prefeitura municipal, além de contribuição de comerciantes locais. No entanto, resta dúvida se o período ao qual foi submetida à reforma foi insuficiente ou o material utilizado foi de má qualidade.

Em visita à delegacia, nossa reportagem verificou as instalações e conversou com Policiais que estavam de plantão. Segundo um agente de polícia que prefere não ter o nome revelado, “a reforma se limitou, aparentemente, apenas na troca do piso de cimento da recepção por azulejo e na pintura do local”. A reclamação persiste ainda sobre a falta de condições adequadas de trabalho.

Outro problema diagnosticado foi à superlotação instantânea. Reativada há uma semana, a delegacia já abriga quase o dobro de sua capacidade carcerária. São sete celas com capacidade máxima para quatro detentos, mas 43 presos se dividem entre elas.

A constante falta de água no bairro onde fica localizada a delegacia é outro problema que afeta não só os presos como também os agentes de polícia. De acordo com o Chefe de Operações, identificado apenas como Ernandes, foi estabelecido um racionamento de água.

“Não tem água da rua todo dia. Pelo fato de não termos uma cisterna, temos que racionar porque a soma das nossas três caixas d’água totaliza apenas onze mil litros de água, o que é insuficiente para suprir as necessidades dos presos e as nossas [policiais]”, justificou.

Um empresário que contribuiu na reforma da delegacia comentou estar arrependido do investimento que fez. “Isso não foi uma obra, foi uma maquiagem que fizeram na delegacia”, disparou.

MinutoPalmeira entrou em contato com a Delegacia Geral de Polícia para falar sobre o assunto, mas o delegado-geral Paulo Cerqueira não foi localizado.