UNEAL realiza mais um protesto em Palmeira dos Índios

  • Bruno Levy
  • 14/09/2012 15:35
  • Bruno Levy
Bruno Levy

Mais um protesto dos discentes, docentes e servidores técnicos UNEAL foi realizado na tarde desta sexta-feira (14) na cidade de Palmeira dos Índios. A caminhada, que foi pacífica, tem o intuito de pressionar o governo em prol de melhorias nos seis Campi da Universidade Estadual de Alagoas. Aproveitando-se da vinda do governador à cidade palmeirense, onde apoiaria seu candidato a prefeito James Ribeiro, os representantes da faculdade e demais que acompanharam o protesto ergueram faixas pedindo mudanças quanto às condições de trabalho, salários e verbas de custeio. Hoje a universidade sofre com a falta de investimento e está cada vez mais sucateada e fora dos padrões das grandes instituições de ensino superior do Brasil.

Gritos de guerra e frases como: "Luto pela UNEAL", "Vote nulo! Não sustente parasitas" e "Governador: cumpra o acordo com a UNEAL" foram mostradas às pessoas que faziam a caminhada. Infelizmente o povo palmeirense não entendeu a mensagem que os estudantes queriam passar e foram algumas vezes hostilizados de forma verbal e gestual pelo público. O governador Teotônio Vilela não compareceu para conversar com os representantes da UNEAL após receber o pedido destes.

Reinvindicações (Fonte SINDUNEAL):

1- Aumento de 100% na verba de custeio
2- Verba anual de investimento de R$ 2 milhões
3- Liberação dos recursos para construção do prédio do Campus V, da Casa do Estudante no Campus II, 2ª etapa da construção do Campus III e término da obra da Escola Costa Rego (que sedia o Campus I)
4- Implantação do Campus VI (Maceió)
5- Autonomia financeira
6- Concurso público para 290 professores efetivos, para 100 técnicos administrativos e nomeação da reserva técnica
7- Reposição salarial de 17,38% para os professores e técnico-administrativos
8- Implantação do PCC: Progressão Horizontal e Dedicação Exclusiva para os professores e Progressão Vertical, Progressão Horizontal e realinhamento salarial para os técnico-administrativos
9- Assistência estudantil: 100 novas bolsas-auxilio, restaurante e residência estudantil
10- Ampliação do acervo das Bibliotecas e dos laboratórios de informática.

Opinião: População falta com respeito à manifestação

Um fato negativo realizado na caminhada foi a hostilização da população de Palmeira para com os alunos. Estive junto acompanhando e reivindicando os direitos de forma democrática, pois também sou aluno da UNEAL e sei o que se passa nos Campi. Infelizmente os representantes da universidade foram diversas vezes agredidos de forma verbal e gestual. O povo não entendendo o porquê do protesto acabou achando que a manifestação seria contra o atual prefeito e candidato a reeleição James Ribeiro. Gestos obscenos, objetos jogados contra os manifestantes e palavrões foram as principais formas de humilhação. Mas isso não é culpa dos cidadãos e sim da ignorância de grande parte da pessoas (eu disso grande parte e não todos) que não possuem estudo o suficiente para saber que a UNEAL sobrevive da verba do governo e não da prefeitura. Esse é o problema do descaso de nossos representantes com a educação no nosso estado. A alienação é mais fácil para quem não possui sabedoria. Peço desculpa a quem sentiu, mas essa é a verdade e ela tem de ser dita.

Portanto, população palmeirense, estamos num estado democrático. Da próxima vez que virem alunos universitários saibam que é o direito deles e que nada é mais justo do que o respeito a quem procura o melhor para educação. Ninguém ali é vagabundo. Ninguém quer aparecer. Apenas querem o cumprimento da promessa de melhorias na educação superior que o senhor Teotônio Vilela apresentou. A Universidade Estadual de Alagoas é o maior formador de professores de Alagoas. Grande parte deles ensina a seus filhos e parentes. A instituição de ensino superior é um direito de todos e todos um dia, quem sabe, poderão precisar dela. Pelo menos um fato positivo ocorreu na manifestação, não houve agressão física.