Campi da UNEAL sofrem com precariedade e descaso do governo

  • Bruno Levy
  • 01/09/2012 12:26
  • Bruno Levy
João Ferreira
Infiltração no teto do corredor do Campus III da UNEAL.
Infiltração no teto do corredor do Campus III da UNEAL.

A Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) está em um dos momentos mais caóticos desde quando foi fundada. Problema de verba de custeio, salários defasados, falta de professores, estrutura dos Campi precários e dentre outros problemas assolam a faculdade. Hoje, a universidade encontra-se em estado de greve e pode paralisar no dia 4 de setembro. A ânsia por melhores condições é visível por todos que estão presentes no dia-a-dia da instituição. Portanto, por meio do blog no portal Minuto Palmeira dos índios, será realizada uma série de reportagens sobre as principais dificuldades que a UNEAL está passando.

Problemas de estrutura

Uma das maiores universidades formadoras de Alagoas, importante na graduação de professores e centro de referência para congressos, seminários e especializações sofre com problemas de estrutura. No Campus III da UNEAL, localizado na cidade de Palmeira dos Índios no agreste alagoano, os problemas são visíveis. Fotos tiradas por um aluno que cursa Licenciatura em História no 5º período, João Ferreira, retratam a falta de comprometimento e o descaso do governo alagoano. Fios descascados, falta de ventiladores, quadros de giz, paredes manchadas, rachaduras, falta de segurança, iluminação precária, extintores de incêndio fora da validade, infiltrações, computadores velhos, mato crescido, e banheiros desmantelados são uns dos vários problemas que o Campus apresenta. Infelizmente não é só em Palmeira. Os restantes dos prédios nas outras cidades que tem UNEAL estão na mesma situação precária. Para reverter tal situação é preciso reforma e, para haver reforma, é preciso verba. É onde que está o problema. A UNEAL recebe apenas 205 mil reais mensais para dividir entre os seis Campi Universitários. Esse dinheiro é utilizado para pagar custeios necessários e obrigatórios. Daí o resultado de não haver reformas e melhorias na estrutura física dos prédios de ensino.

A falta de segurança é um caso que deve ser resolvido. Como o Campus III localiza-se um pouco longe da cidade é preciso de um olhar a mais sobre o assunto. O contrato com a Tigre Segurança acabou e lá não se encontra mais nenhum vigia. Há algumas semanas um atirador pulou a grade de proteção da universidade para se esconder após o seu delito. Por sorte ninguém se encontrava no local. Há cerca de um ano o Coronel Nascimento do 1º BPM de Palmeira dos Índios prometeu rondas para proteger os alunos de problemas como aquele. Na primeira semana ocorreu o prometido, mas de lá para cá nada de viaturas.

O reitor Jairo Campos vem tentando de todas as formas conseguir verba para sanar um pouco os problemas da UNEAL. Por meio de um empréstimo de 2 milhões de reais com o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) será criado um Campus na cidade de União dos Palmares, que dará um total de 1 milhão e 700 mil reais, e 300 mil reais para a construção de uma casa do estudante em Santana do Ipanema, na fazenda onde a universidade está localizada. Ainda é pouco, mas é um bom começo para a melhoria da instituição.

Clique aqui para ver as fotos do descaso e a falta de comprometimento do governo.