Que o Partido Social Liberal (PSL), realizou um evento partidário em Palmeira dos Índios, isso todo mundo já sabe. O evento que contou com dezenas de pessoas lotando a Casa de Leis Mirins do município chamou atenção para alguns detalhes peculiares. 

O portal o Dia+, pertencente ao Jornal O Dia Alagoas, abordou a questão do Crucifixo coberto pela bandeira do PSL mas, esse não é o nosso tema. A informação que chegou ao Blog foi que os únicos vereadores de mandato do PSL, Júnior Miranda e seu suplente Pedrinho Bode, não teriam sido convidados para o evento do partido.

Segundo o próprio Júnior Miranda, ele teria ficado sabendo do evento por redes sociais. "Eu fui informado do evento como a maioria das pessoas foram, por redes sociais, não recebi ligação, e-mail ou qualquer outra coisa" ainda segundo o vereador licenciado das funções, nem acesso ao presidente estadual da sigla, Flávio Moreno ele teve. "Fiquei na porta, quando ele chegou, logo correram para cima, pegaram no braço dele e levaram para da entrevista, até aí tudo bem, mas depois o acesso ficou ainda pior, não tive a oportunidade de conversa com o presidente do partido ao qual sou vereador há 3 anos." Afirmou Miranda.

Miranda é vereador e membro do PSL após uma quebra de braço com o empresário Luiz Lobo, que tentou se candidatar a prefeito pelo partido nas eleições de 2016.

Outra questão é que tanto Miranda como Pedrinho Bode, que são vereadores pelo partido, não foram convidados a fazer parte da mesa nem foi cedido a palavra,  o que acontece normalmente em eventos de partido, que filiados com mandatos participam com honras dos eventos.

Escola Cívico Militar

Outra fato que repercutiu durante o final do semana foi a paternidade da Escola Cívico Militar, ao qual o município de Palmeira dos Índios fez a inscrição. Durante discurso, o presidente estadual do PSL disse que o município fez a inscrição a através de uma interlocução do próprio Flávio Moreno e do Flávio Targino. 

Quando soube da informação, a vereadora do MDB, Adelaide França foi as redes sociais divulgar uma cópia do requerimento feito por ela na Câmara de Vereadores ao executivo, pedindo a adesão do município ao projeto do governo federal 15 dias antes do prazo final.

Outro lado da história

O blog entrou em contato com o presidente do PSL municipal Flávio Targino, que explicou os pontos levantados. 

Segundo Targino, todos os convites foram feitos por redes sociais, através de grupos de whatsapp. "Nosso evento era aberto, por isso todos os convites foram feitos através de grupos de WhatsApp. Por ser aberto ao público optamos por esse tipo de convite, não era uma coisa exclusiva do PSL." e continuou "O evento era uma recepção ao PSL Estadual, através do presidente Flávio Moreno, por isso apenas os membros do diretório fizeram parte da mesa e alguns tiveram a fala, seguimos o protocolo interno do PSL".

Targino falou que não tinha problema com nenhum vereador, sendo do partido ou não, apenas seguiu o trâmite do partido. "Recebemos vereadores de outros partidos, como Adelaide França e Agenor Leôncio, além dos vereadores do PSL, Júnior Miranda e Pedrinho do Bode, ao qual mandei registrar a presença no evento. Não temos problema com nenhum vereador."

Questionado sobre a questão da Escola Militar, Flávio explicou que recebeu uma ligação de Moreno já no último dia da inscrição, e procurou o prefeito para informa sobre o prazo para o cadastro. Segundo ele, o gestor pediu a sua assessoria todos os detalhes do programa, para saber os prós e contra e após essa avaliação a inscrição foi realizada. 

"Não tínhamos ciência do pedido da vereadora Adelaide França, mas o importante é que o município receba esse projeto." Concluiu Flávio Targino.