Coentro, uma tradição gastronômica nordestina polêmica.
- Marcos Vieira
- 07/01/2015 20:03
- Gourmet & Gastronomia
A origem dessa erva aromática remonta desde a antiguidade, quando já era utilizadas pelos egípcios como remédio. Nativa das regiões do Oriente Médio, da Europa e norte da África, ou seja, do Mediterrâneo ela se origina do grego Koriandron, que para alguns significa “percevejo”, pela característica do sabor.
O coentro chegou até nós através dos escravos africanos e foi incluído rapidamente à cultura nordestina de tal forma, que é difícil, atualmente, imaginar qualquer preparo de pratos em nossa gastronomia, sem a utilização deste.
Esta erva que se utiliza como especiaria e que conta com numerosas propriedades benéficas para a saúde humana, é usada tanto as suas folhas como as suas sementes, podendo ser usadas tanto no preparo de temperos, maceradas juntas a outras sementes e ervas, quanto para chás, desde que moderadamente.
Incorporado e alçado à categoria de estrela em diversos pratos à base de peixes e frutos do mar, carnes, molhos, feijão, sopas e caldos e também como elemento de decoração e finalização em certos pratos, essa erva nem sempre é bem aceita pelos visitantes e turistas quando em nossa região.
Muitos acham o gosto amargo demais, e alguns chegam a alegar alergia ou intolerância ao coentro. Porém é impossível que esta erva passe batida em qualquer prato. Realçando desde um simples ovo, passando pelo cuscuz até chegar a uma nobre peixada.
O importante é saber usar equilibradamente para que seu sabor não descaracterize o prato a ser servido, mas o complemente, adorne, realce. E o segredo para isso é não carregar a mão na hora de separar a quantidade.
Vale ressaltar que cada região possui gostos e características culinárias próprias, mesmo sendo uma erva bastante controversa por muitos que a degustem, o coentro continua sendo coisa nossa e está intimamente ligada à nossa cultura. Merecendo portanto, respeito ao paladar.
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