O PODER DOS ABUTRES

  • Jairo Xavier Costa 0 Juiz de Direito, Radialista e
  • 16/02/2017 06:05
  • Jairo Xavier

Como se verdadeiros abutres, os homens perseguem as suas pretensas vitimas e, ao assim procederem distanciam-se de seus costumes, tornando-se desumanos, desalmados e sem o mínimo de escrúpulos.  São na verdade, atitudes consideravelmente déspotas e criminosas, porque  sequer não oferecem  oportunidade de defesa ao seu perseguido.

                    Nesse viés, é que provavelmente talvez assista razão a uma quantidade de  parlamentares, quando pretende alavancar  o projeto de lei de Abuso de Autoridade, em tramitação no Congresso Nacional, talvez inspirado no abutre, nome vulgar, dado as aves accipitriformes, da família accpitridae, de hábitos necrófagos.

                    Os urubus, são aves da mesma família, que se aglomeram, sobrevoam coletivamente e, se preparam e passam a atacar e, até conseguir o seu objetivo, consumir os estragos expostos, decorrentes da vulnerável espécie abatida. Episódio cruel e abominável que assistimos no nosso cotidiano, quando comparamos determinados fatos, a nós seres humanos.

                    De lamentar, é que de tudo, se tiram grandes lições. Os precedentes dos erros do passado, não prosperam ao presente. Os poderes não são para toda a vida, sendo, pois, tudo passageiro. Dizia meu pai “quem faz aqui, aqui mesmo paga”. E isso é tão verdadeiro, que se os homens bem refletissem, não perseguiriam aos seus semelhantes.

                    Os abutres não são imortais, eles como todos os seres humanos, um dia inesperadamente serão abatidos, de uma forma ou de outra, serão extintos e até mesmo, esquecidos. Nós, seres humanos, além de nossa formação esquelética, somos dotados de sentimentos, cuja espiritualidade transcende os tempos. Arrotar dignidade sem tê-la, o pior dos sentimentos.

                    Esperamos erradicar a esse ciclo pernóstico e egoístico, a fim de promovermos o respeito, os espaços da solidariedade, da igualdade e do amor pelo próximo. Não aos abusos de autoridades, nunca o poder dos abutres.