SOBRE O CASAMENTO DE HOMOSSEXUAIS

  • Jairo Xavier Costa - juiz de direito, jornalista e
  • 28/01/2016 06:42
  • Jairo Xavier
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           Perplexo, ainda, apesar da alegria em saber que seria eu, o juiz celebrante da cerimonia do (casamento coletivo), convocado pelo TJ/AL, li e reli com minudência os nomes dos pretendentes,  ali, relacionados; na relação, tinha a identificação, o reconhecimento, de modo a não pairar dúvidas quanto aos nubentes. A final, todo cuidado seria pouco, assim, pela conferência de cada nome de noivo e noiva, sendo pois, medida necessária, aos olhos dos pais, testemunhas, amigos e convidados para aquele cerimonial.

            É que estamos diante de uma modernidade a toda prova, não bastasse uma breve leitura aos ensinamentos e, estaríamos a fazer apologia ao erro, a contradição, ao engôdo, ao pecado. Vemos que a intervenção maliciosa das instituições midiáticas, provoca, confunde e até certo ponto, impõe modelos culturais extremamente nocivos a nossa formação. É uma verdadeira afronta aos princípios basilares de nossa religiosidade.

        Agressiva aos modos e aos bons costumes, herdados dos nossos antepassados, quando contrariamente, estimulam a união de pessoas do mesmo sexo. Tenho para mim e, é mais que minha obrigação, sempre primar pela verdade, mesmo reconhecendo minhas faltas e fragilidades como pecador, mas, na imensa certeza e promessa de algum dia, querer acertar e, assim, buscar a santidade.

            Não me convenço sob nenhuma hipótese, a vontade do legislador, na contramão dos ensinamentos bíblicos, contextualizar diretrizes que versem sobre o casamento de homofóbicos. É como se querer adotar a ignorância, aos princípios e deixar de interpretar a lei física:  Uma luz só será acesa, mediante a união de dois polos :  “O fio negativo com o fio positivo”. Ou ainda, em outro exemplo, querer desconhecer as leis das ciências naturais. Para exalar o perfume de uma rosa é preciso que aconteça a união de dois órgãos: “androceu e gineceu,” esses, os responsáveis pela formação do pólen.

            O evento, me remetia aos tempos de festas, de realizações, de promessas; me remetia sim, aos casamentos dos meus familiares, dos meus amigos, dos meus filhos, me fazendo vivenciar glórias do passado, me reportando aos sorrisos de todos, ali presentes, numa manifesta exposição dos valores morais, que representam a grandeza da família, a configuração inarredável da união de um futuro pai e uma futura mãe, uma questão meramente cultural, na espera do clássico SIM.

            Abro o livro da vida e, rapidamente, visualizo e, reflito seus ensinamentos, em seus comandos, a sua essência, seus parâmetros,  suas explicações, as grandes razões de nossa existência, está logo ali, em gênesis, todo o seu desfecho. Fico a indagar, como querer, os legisladores mudar o curso da estória... como fazer gerar filhos de homem com homem e ou, mulher com mulher... Como seria pois, a geração de filhos de homossexuais ?

            Na lei física, reportando-me ao exemplo acima mencionado, se daria um grande e estrondoso circuito, capaz de queimar a competência e até mesmo os pensamentos dos que estariam a elaborar projetos em direção contraria a nossa formação cristã, pois, (não haveria nenhuma iluminação), é o óbvio. Nesse contexto, respeito as leis e as acato, mas convicto de minha inteireza cultural, de minha consciência cristã, de minha conduta cidadã, como chefe de família.

          Posso ser desobediente aos homens, mas, sou obediente a Deus, posso até ser tachado de juiz polêmico, preconceituoso, retrógrado, mas não me curvarei diante dos meus princípios, que tudo faço em obediência as leis do nosso criador. Usemos pois, as palavras: Amor, perdão, e gratidão e, celebremos a vida para a proliferação dos filhos e o engrandecimento da sociedade em nome da família. Nada tenho contra a existência dos homofóbicos, mas, abomino o casamento de homossexuais, por entender não ser o caminho do bem.