Decisão de Bolsonaro sobre cusparada será tomada em conjunto com o partido

  • IG
  • 18/04/2016 13:43
  • Política
Reprodução

Durante a sessão de votação da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), no domingo (17), os ânimos estiveram exaltados entre parlamentares favoráveis e contrários ao processo.  Após indicar voto contrário ao impedimento de Dilma no plenário da Câmara, Jean Wyllys (PSOL-RJ) cuspiu em direção a Jair Bolsonaro (PSC-RJ) depois de ser insultado por ele e outros parlamentares. A cena, que não foi transmitida pela televisão, foi divulgada e repercutida em diversos veículos.

Em vídeo divulgado por um grupo em rede social, Bolsonaro comenta a atitude de Jean Wyllys, "completamente desequilibrado, perdeu a noção, perdeu a votação. Essa cusparada é preconceito, é ódio. Primeiro, eu acho que deveria submetê-lo a um tratamento psiquiatrico  para ver o que acontece. Eu não sei por que esse amor e ódio para comigo".

De acordo com informações obtidas junto ao gabinete de Bolsonaro (PSC-RJ), a decisão sobre a abertura de uma possível representação junto ao Conselho de Ética na Câmara contra Wyllys será tomada em conjunto com a legenda, o Partido Social Cristão, e não de forma individual. Até o momento, não há nenhuma definição.

Ainda, na noite de domingo, Jean Wyllys fez um comentário nas redes sociais em que não negava o ato, e dava detalhes do episódio ocorrido. Segundo o deputado, "ele (Bolsonaro) cospe diariamente nos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Ele cospe diariamente na democracia. Ele usa a violência física contra seus colegas na Câmara chamou uma deputada de vagabunda e ameaçou estuprá-la. Ele cospe o tempo todo nos direitos humanos, na liberdade e na dignidade de milhões de pessoas", escreveu em seu perfil.

O iG entrou em contato com a assessoria do deputado Jean Wyllys, para saber se o parlamentar também ira tomar alguma medida contra as ofensas sofridas, mas foi informado que somente a assessoria jurídica poderia comentar o assunto.