Mais de cem concorrerão a uma das 15 vagas da Câmara em Palmeira

  • Redação
  • 07/07/2012 15:34
  • Política
Internet
Câmara de Palmeira
Câmara de Palmeira

O sistema de registro de candidaturas do TSE na internet aponta um número que impressiona para uma cidade interiorana: mais de cem candidatos pleiteiam uma das 15 vagas da Câmara municipal de Palmeira dos Índios.

Segundo analistas consultados por nossa reportagem, a expectativa é a de que muitas coligações terão dificuldades em atingir o chamado quociente eleitoral e poderão não eleger um representante sequer. O quociente eleitoral é o resultado da divisão dos votos válidos (dados diretamente aos candidatos, sem computar brancos e nulos) pelo número de cadeiras ofertadas no parlamento, no caso de Palmeira, 15.

Assim, para esses analistas, baseados em dados de eleições anteriores, levando-se em conta o recadastramento (a cidade perdeu dez mil eleitores), dos quarenta mil votos em jogo, cerca de trinta e três mil devem ser considerados válidos. Com isso, o quociente seria de cerca de 2.200 votos para cada coligação ou partido eleger o primeiro representante.

Veja abaixo as coligações e os principais nomes na disputa:

PSDB/PRP/PSD
Essa é considerada a mais concorrida coligação. Com quatro vereadores de mandato, suplentes e lideranças comunitárias, deve contar ainda com os votos da legenda do PSDB, que tem candidatura a prefeito.

PMDB/PP/PSB
Além de lideranças com grande potencial de voto, no sistema de registros do TSE, encontramos uma surpresa. O ex-vereador Pedro Gaia, esposo da vereadora Marta Gaia (que também concorre na chapa acima pelo PRP), está apto a receber votos. Outra aparição no sistema do TSE, foi a do filho da vice-prefeita (no exercício da prefeitura, por conta do afastamento do titular), o advogado Victor Medeiros, que segundo nossa assessoria jurídica, estaria legalmente impedido de concorrer, pelo fato da mãe ter assumido a prefeitura. Essa chapa tem sido apontada como uma das que deve “brigar” pelo maior número de vereadores eleitos.

PRTB/PHS
Formada por um grupo de novatos na política, promete surpreender e eleger mais de um representante para o legislativo local.

PTB/PRB
Esvaziada de última hora, a chapa encabeçada pelo PTB, que conta com um vereador de mandato além de outras lideranças, terá como reforço os votos de legenda endereçados ao candidato da majoritária.

PR/DEM
Formada por candidatos experientes, inclusive um com mandato, a chapa encabeçada pelo PR também contará com os votos da legenda, devido à candidatura para o executivo local.

PDT/PT/PV
Com um número expressivo de candidatos já experimentados na política, deve também a chapa se beneficiar com os votos de legenda do PT, que mantém candidatura na majoritária.

PSC/PPS/PCdoB
Essa chapa, é considerada por especialista consultados por nossa reportagem, como umas das mais perigosas. Sem votos de legenda e com poucos nomes de expressão política, deve ter dificuldades de atingir o quociente eleitoral.

PSL
Aqui se encontra o caso mais grave, segundo apuramos. Com um vereador de mandato, o PSL, a exemplo da chapa anterior, também deve enfrentar dificuldades para atingir o quociente eleitoral.

Ainda segundo os especialistas consultados, a possibilidade de vereadores com mais de 1000 votos é muito pequena, uma vez que a queda de eleitores pelo recadastramento e o aumenta da concorrência devem dificultar o pleito.

Nossa análise é baseada em consulta a alguns especialistas alagoanos, que interpretaram as coligações com base em dados das eleições anteriores, sem qualquer intuito de atingir ou exaltar qualquer partido ou coligação. O espaço fica aberto para qualquer esclarecimento.