Tecnologia nas Eleições
- 01/07/2012 19:05
- Aerton Lessa
Esse ano as urnas eletrônicas completam 16 anos. Sem dúvida um ganho para a democracia e para todos os brasileiros. As urnas de lona e toda a sua insegurança ficaram para trás. Além das amplas possibilidades de fraude, os problemas para identificar a ortografia seja de nomes ou números era imensa.
O Brasil além de pioneiro nessa tecnologia é um dos melhores do mundo. Os americanos ainda não entendem como o Brasil consegue contabilizar 95% dos votos em apenas 6 horas após o termino da votação. E essa marca ainda tende a melhorar e atingir nas próximas eleições a marca de 98% de votos apurados em menos de 6 horas.
Os cartões de memória que armazenam os dados das votações são de uma segurança excepcional, e quando enviados ao tribunais eleitorais geram a marca de 300 mil votos processados por minuto. E graças a internet em menos de um minuto após o processamento ocorrer temos essa informação disponível pelos sites de apuração que estão direcionados para o TSE.
Em 2010 mais um grande avanço com o uso de uma tecnologia que não é nova, mas que teve seu custo reduzido a valores muito baixos. A Biometria, que é a leitura das características físicas do nosso corpo e nesse caso das urnas são lidas as nossas digitais. No total, 4 milhões de brasileiros que votaram identificando-se através da Biometria. Na realidade a primeira votação com identificação Biométrica foi em 2008 nas cidades de Colorado do Oeste/RO, São João Batista/SC e Fátima do Sul/MS, mas esse foi apenas o teste piloto para ai expandir para um número maior de habitantes.
Agora em 2012 serão 8 milhões de eleitores utilizando a biometria para votar, ou seja 8 milhões de votos que serão quase impossíveis de serem fraudados, porque com as urnas eletrônicas a possibilidade de fraude era de trocas de identidades, mas agora essa possibilidade foi anulada, deixando ainda mais seguro o processo eleitoral. Em 2016 praticamente todos os eleitores do país estarão cadastrados. E em 2018 deverá ser extinto o titulo de eleitor, o que deverá até mudar a forma de votar, pois não serão necessários mesários para identificar o eleitor, provavelmente caminharemos para um “auto serviço” ou algo similar. Em países de menor porte como Estônia e Suécia isso já acontece e pode-se votar também pela internet, mas precisamos ponderar que a população e a extensão desses países são muito menores o que torna muito mais fácil e rápida as mudanças e inovações. No Brasil o desafio logístico e os custos são enormes e mesmo assim conseguimos superá-los.
Hoje não se imagina mais o processo eleitoral sem o uso da tecnologia que auxilia e torna cada vez mais democrático o ato cívico de votar. O restante agora é por nossa conta na escolha conscientes dos melhores representantes, pois isso o computador não pode fazer por nós.
Deixe seu comentário
Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.