A farmacêutica Sanofi Medley anunciou, na última quarta-feira (9), o recolhimento voluntário e preventivo de todos os lotes de remédios com o princípio ativo Losartana. A medicação é indicada para o tratamento de pressão alta (hipertensão arterial) e insuficiência cardíaca e é usada por muitas pessoas.

Segundo a Medley, a retirada do produto é uma "medida de precaução devido à presença de impurezas mutagênicas nos produtos". Em outras palavras, um componente do medicamento pode provocar câncer em animais. No entanto, não há evidências de que o mesmo aconteça em humanos, ao menos em curto prazo, mas o laboratório irá realizar estudos para se certificar do caso e fazer os ajustes necessários.

Neste momento, o medicamento está sendo retirado de circulação para voltar ao mercado com o IFA (ingrediente farmacêutico ativo) ajustado.

"Este recolhimento é uma medida de precaução e, até o momento, não existem dados para sugerir que o produto que contém a impureza causou uma mudança na frequência ou natureza dos eventos adversos relacionados a cânceres, anomalias congênitas ou distúrbios de fertilidade. Assim, não há risco imediato em relação ao uso dessas medicações contendo losartana", informou a farmacêutica por meio de nota.

Estão sendo recolhidos os seguintes medicamentos Losartana: 

• Valtrian® HCT (losartana potássica + hidroclorotiazida) 50mg + 12,5mg
• Valtrian® HCT (losartana potássica + hidroclorotiazida) 100mg + 25mg
• Valtrian® 50mg (losartana potássica)
• Valtrian® 100mg (losartana potássica)

O recolhimento não apresenta nenhum custo para o paciente. Quem tiver um destes remédios deve ligar para o SAC da Medley 0800-703-0014 (de segunda a sexta-feira, das 08h00 às 18h00) para agendar a coleta da medicação.

Vale ressaltar que apenas o Losartana da farmacêutica Medley apresenta essa substancia e está sendo recolhido.

A empresa também alerta que a interrupção abrupta do tratamento com produtos contendo Losartana pode estar associada a riscos potenciais para a saúde dos pacientes. O risco para a saúde de descontinuar abruptamente estes medicamentos sem consultar os seus médicos ou sem um tratamento alternativo é maior do que o risco potencial apresentado pela impureza em níveis baixos.

A recomendação é que quem toma o medicamento de forma continuada, deve procurar o médico para o mesmo prescreva uma medicação correspondente.