Encontro com a Diversidade
Na semana que antecede o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, o dia 03 de dezembro, é uma data comemorativa internacional promovida pelas Nações Unidas desde 1992, com o objetivo de promover uma maior compreensão dos assuntos concernentes à Pessoa com Deficiência e para mobilizar a defesa da dignidade, dos direitos e o bem estar das Pessoas com Deficiência. O Curso de Psicologia da UFAL – Campus Arapiraca/Unidade Palmeira dos Índios –, inovou mais uma vez, com o projeto Psicologia em Itinerância: As Deficiências em Foco, Encontro com a Diversidade, coordenado pela Professora Dra. Daniele Nóbrega, que, segundo ela:
“O objetivo principal do projeto é criar espaços de discussão e de reflexão acerca da inclusão de Pessoas com Deficiência. O presente evento constitui-se a partir do intercâmbio entre a universidade e a rede regular de ensino, tendo como foco uma maior aproximação com os temas relacionados à referida inclusão. A proposição do evento insere-se como atividade avaliativa da disciplina obrigatória do curso de Psicologia/Campus Arapiraca/Unidade Palmeira dos Índios "Inclusão Escolar de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais". Partindo do entendimento de que a universidade tem papel relevante no movimento de inclusão de Pessoas com Deficiência, suscitando reflexões sobre a forma como a sociedade relaciona-se com Pessoas com Deficiência e a necessária e urgente quebra de obstáculos, em específico aqueles vinculados às barreiras atitudinais, que se relacionam aos preconceitos e aos estereótipos.”
Buscando, “sensibilizar os estudantes da educação básica sobre a inclusão de Pessoas com Deficiência; e proporcionar a troca de conhecimentos e de experiências sobre esse processo.” Para tanto, grupos de estudantes do oitavo período de Psicologia promoveram atividades diversas, as quais contaram com a participação de estudantes da Escola Estadual Humberto Mendes e foram direcionadas a um tipo de deficiência específico, a saber: deficiência física, intelectual, visual e/ou cegueira, auditiva e/ou surdez e autismo.
A Professora Daniele Nobrega finalizou dizendo que tudo foi feito com expectativa de que “o evento inaugure uma série de debates acerca da inclusão da Pessoa com Deficiência, especialmente no espaço escolar. Também espera-se a construção de um espaço que possibilite a reflexão sobre as práticas do psicólogo na educação, propiciando que as ações desse projeto se desdobrem em atividades que envolvam outras disciplinas”.
Numa época em que a visibilidade das Pessoas com Deficiência anda em baixa, mesmo depois da vigência da Lei Brasileira de Inclusão (O Estatuto da Pessoa com Deficiência), Lei 13.146/2015. Basta lembrarmos que a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, que acontece todos os anos em agosto, também passou despercebida. Os poderes públicos nada fizeram e, possivelmente, nada farão no dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Assim, quando vemos o Projeto Psicologia em Itinerância: As Deficiências em Foco, de uma instituição pública de ensino Federal, percebemos que, na maioria das vezes, os problemas e entraves, nem sempre vem de cima para baixo, mas de baixo para o alto e avante.
Precisamos compreender que, não são as Pessoas com Deficiência, quem – verdadeiramente – tem deficiência. Já que, hipoteticamente falando, numa sociedade em que se prioriza a Acessibilidade e a Inclusão Social em todos os âmbitos, com espaços públicos e privados acessíveis, sem Barreiras Físicas e Atitudinais, NÓS, PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, PODEREMOS IR E VIR PARA TODOS OS LUGARES. E FAZER TODAS AS COISAS. DEEM-NOS ACESSIBILIDADE E MOVEREMOS O MUNDO. Infelizmente, percebemos que a maior deficiência, não é a Física, Auditiva, Visual nem Intelectual. A MAIOR DEFICIÊNCIA É A ESTATAL. SÃO AS CIDADES QUE SÃO DEFICIENTES. SÃO OS PODERES PÚBLICOS QUE NÃO ANDAM, NÃO ENXERGAM, NÃO NOS OUVEM, TÃO POUCO SENTEM O QUE AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VIVENCIAM TODOS OS DIAS.
É preciso se locomover, enxergar, ouvir, tocar, sentir, falar, viver como uma Pessoa com Deficiência, para saber/ter uma percepção do que é melhor para ela. E OS ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL HUMBERTO MENDES, com o apoio de sua Direção – os professores André Galdino Fidelis e Mário Zeymison, junto com a Psico-Educadora Doriane Cavalcante Pimentel – que desenvolve um trabalho de Escuta e Acolhimento aos Discentes – entre tantos outros que acompanharam o projeto, PUDERAM SENTIR E VIVENCIAR TAIS EXPERIÊNCIAS. NUM MOMENTO DE GRANDE ALEGRIA E DESCOBERTAS. NOSSOS EDUCANDOS FORAM PROFUNDAMENTE TOCADOS. E UMA MARCA INDELÉVEL FOI DEIXADA EM CADA UM(A) DOS QUE PARTICIPARAM DESSE PROJETO. Obrigado por vosso empenho e disponibilidade da turma do 8º período de Psicologia, Professora Daniele Nóbrega.
Que a semente do conhecimento e da experiência fecunde e germine, nas novas gerações, uma das mais belas atitudes dos seres humanos, o Altruísmo. E QUE, COM O TEMPO, POSSAMOS VER O OUTRO(A), COM OS OLHOS DELES(AS). AO PONTO DE, TAMBÉM, SENTIR, OUVIR, ANDAR, ENXERGAR, VIVER E AMAR COM ELES(AS). Nas palavras do Aluno do 2º ano turma “D”, Victor Paulo: NÃO SÃO AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA QUE PRECISAM SE ADEQUAR; SOMOS NÓS QUE DEVEMOS NOS ADEQUAR A ELAS.
