Nesta terceira edição do Música e Arte na Praça, no dia 30 de abril de 2017, evento que já se firmou como um dos mais importantes, no calendário cultural palmeirense, a Inclusão e a Diversidade deram o tom nas atividades desenvolvidas, em comemoração ao dia do Trabalhador. Centenas de pessoas, estudantes, universitários, profissionais liberais, empreendedores, artistas, colaboradores, professores, MCs, Rapers, Poetas e Poetisas, jovens, crianças e adultos compareceram ao evento, que contou também com as exposições da Cacau Show, Unimed, do Grupo QuatroPatas – que possibilitou a adoção de vários animaizinhos – todos foram adotados. Além de bancas Gastronômicas e Artesanais das mais variadas. Um espaço livre, para o livre pensar e expressar.

Outra façanha do Música e Arte na Praça, foi integrar uma miscigenação das várias vertentes culturais. Convergiram, o erudito e o popular, o dantesco e a poesia marginal, a MPB, o Rock, o Coco, a livre expressão corporal, a comédia em esquetes, uma homenagem ao cantor falecido Belchior – que se estivesse presente – perceberia o quanto as pessoas querem, participam da “Divina Comédia Humana”. Teve dança também, contemporânea, ciranda, funk carioca e pancadão. Concurso e distribuição de brindes. Uma miscelânea cultural, no mais democrático dos espaços, na Ágora, na Praça Pública, a Praça do Skate.

Por fim, houve a exibição de produções cinematográficas palmeirenses. Com curtas metragens premiados no Brasil e no Exterior, todos filmados em Palmeira dos Índios, produzidos, dirigidos e escritos pela Costa Livre Filmes, do Cineasta Ailton da Costa. Entre essas produções, todas de baixíssimo custo, O Cinema Nosso de Cada Dia, Nas Palmas das Mãos de Deus, Travessias de Sangue – premiado pela UNESCO em 2016 -, A Sombra da Gaiola. E, após cada exibição, uma pequena discussão sobre cada um dos curtas, além provocar nas pessoas o desejo e a iniciativa de adentrarem no mundo do cinema, através de pequenas produções, em que, como dizia Glauber Rocha: Com uma Câmera na Mão e uma Ideia na Cabeça, se vai longe. Assim, a Secretária de Cultura de Palmeira dos Índios, Isvânia Marques, se comprometeu em introduzir, no calendário cultural da cidade, as exibições e produções cinematográficas. Já dizia Humberto Mauro: "O Cinema não deveria dar aulas de História e sim, converter História em prática”, e esse é um dos muitos papéis do Cinema, pois ele nos leva à prática, diferentemente de usar um controle remoto, nos deixa parados, inertes, ao irmos ao cinema, entramos num processo de ação, da prática.

Agradecimentos a Ivancildo (Ivan), idealizador do evento, aos comunicadores e incentivadores culturais da cidade. Trouxeram vida inteligente, diversão, diversidade e Inclusão, partilhando daquilo que nos faz ser humanos, a Arte.