Falar da Bienal já é algo muito bom... Participar dela, melhor ainda. Mas, apontar problemas, isso não é nada fácil... Mas, vamos lá. Há muito mais acertos do que erros, propriamente ditos. E isto é um fato. E eu começarei pelos “erros”, que são poucos. O espaço é bom, é o melhor que temos em nosso Estado, mas senti que foi muito pouco aproveitado. Na verdade, achei também que há pouco espaço e poucos estandes. E olha que eu, em pouco tempo, andei aquilo tudo, numa cadeira de rodas. Depois, parecia mais do mesmo. Outro fator que pesa contra, são as poucas novidades nos estandes. Mas muito pouca mesmo. E, talvez, o mais gritante, os preços. Sim, livros caros. Pude verificar e vocês também o façam, acessem a internet lá – o sinal é aberto – e comparem. Livros pelo o dobro do que encontramos nas lojas virtuais. E, como estou cursando Faculdade de Direito, minha decepção foi maior, apenas um estande com livros de Direito, atualizados. E o preço, bem salgado. As únicas coisas com o preço acessível, são as obras e edições velhas. Para quem faz faculdade sabe da importância de livros atualizados. Mas que quem curte uma ficção, literatura, entre outros, tem uma quantidade de livros baratos, mas, como disse antes, são antigos.

Bem, agora vamos falar o que de mais legal tem lá. Primeiro, quem viu a programação, já é de pirar a cabeça daqueles ávidos por grandes palestras, mesas redondas e discussões das mais variadas. Desde a “IV Semana Internacional de Pedagogia” – um dos pontos fortes dessa VII Bienal. Também, o “I Seminário Luso-Brasileiro Sobre Educação Infantil”, ambos na área da Educação. Com mesas redondas muito boas e Educadores Brasileiros e Internacionais dos mais variados. A temática está em torno das “Políticas Públicas na Educação”. Com palestras até sexta-feira. Aproveitem.

Outro ponto forte, são as atrações, Escritores/Cantores/Contistas/Poetas. Entre esses, Mário Sérgio Cortella, Gabriel O Pensador – que por bom momento, deu às Crianças, um protagonismo fantástico, ele literalmente chamou várias Crianças ao palco e fez delas os atores principais de sua palestra, foi lindo –, Fernanda Takai, Thedy Corrêa, Zeca Baleiro, Jessier Quirino, Leonardo Boff, André Vianco, Thalita Rebouças, entre outros. Além de um bate-papo, o contato com novos olhares e perspectivas, só aumenta ainda mais a sensação de que vale a pena esperar – algumas horas – numa fila enorme, por tais experiências. Os mais sortudos terão direito a Autógrafos e Seção de fotos. Esperem até o final, pois muitos deles descerão do palco para falar com a plateia.

Também há nesta VII Bienal, como nas anteriores, um dinamismo envolvente. Pois, das 10:00 horas da manhã até as 22:00 horas, dá pra aproveitar muita coisa mesmo. A todo momento, tem estandes com Contação de Histórias – um prato cheio para a criançada – e os Recitais. As Salas temáticas com apresentações, praticamente, o dia inteiro. E, aos desatentos, caso encontre alguém diferente e/ou parecido(a) com alguém famoso(a), ande sempre com o Smartphone preparado, senão poderá perder a chance de tirar boas fotos.

Por último, mas não menos importante, eu gostei muito das seções de Ficção, Fantasia e Cultura Pop. Particularmente, foram as que mais me envolveram. Os Estandes da Liga Independente de Autores Brasileiros (com o Jovem Escritor Isaac Barros - Lançando o Livro "A Ordem dos Reis") e a Comic Land, por exemplo. E grande foi minha alegria, quando lá reencontrei os jovens Escritores/Desenhistas “Pamela Myra” e “Davi Daniel” – ambos passaram na “II FLIJUPIN”, dias antes. Reservem uma quantia em dinheiro para comprar livros, miniaturas, mimos. Ah, a comida está bem diversificada. Pode-se comer um bom prato de almoço, pela bagatela de R$ 15,00 apenas. Mas outras coisas comidas estão bem caras – um copo de 300ml de água de coco, por exemplo, custa R$ 4,00. Aproveitem, tenham paciência, comparem os preços, pois de um estande para outro, a diferença no preço pode chegar a 50%. Tirem um tempo para ver as apresentações e não desgrudem das crianças. Acompanhem-nas, tirando-lhes as dúvidas e, mais que tudo, façam-nas adentrarem no mundo das Letras, da Magia, da Literatura, da Fantasia, da Poesia, da Música e dos Conhecimentos, enquanto elas são crianças. COM CERTEZA, SE NOSSAS CRIANÇAS TIVEREM UMA BOA INFÂNCIA, ELAS SERÃO ÓTIMAS, QUANDO ADULTAS.