Foi uma noite de gala, nesta última sexta-feira, dia 25 de setembro de 2015. Principalmente, uma noite para ficar para a história – diga-se, para a história do Brasil. Pela primeira vez, uma instituição pública, a Universidade Estadual de Alagoas formou 69 Professores Índígenas, advindos de 12 etnias, através do Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Indígenas (Prolind/Secadi), do Ministério da Educação.

A Colação de Grau aconteceu no Ginásio de Esportes do Centro Educacional Cristo Redentor. Contou com a participação de vários Professores e Estudantes da UNEAL, Amigos e Familiares, representantes das CREs que trabalham com Educação Indígena. Secretário de Estado da Educação, Luciano Barbosa, também compareceu, além da, sempre presente, Rosinha da ADEFAL, que atualmente assume a pasta da Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos – e tendo ela mesma, que passar por alguns percalços, uma vez que não havia ACESSIBILIDADE no Ginásio de Esportes.

Com a entrada dos novos Professores, ovações e aplausos copiosos se estenderam por toda a noite. Com uma forma de agradecimento, mas principalmente, como uma conquista de uma categoria, uma minoria que, não raro, foi excluída por séculos da História, da Educação, da Cultura e da vida: ESTUDOS APONTAM QUE, CERCA DE OITO (8) MILHÕES DE NATIVOS VIVIAM NO BRASIL, À ÉPOCA DA CHEGADA DOS PORTUGUESES. E HOJE, POUCO MAIS DE 10% DESSA POPULÇÃO VIVE ENTRE NÓS. POR SÉCULOS FORAM RELEGADOS AO ESTERMÍNIO, À EXCLUSÃO E À DISCRIMINAÇÃO.

Parabéns à UNEAL e aos muitos Índios e Índias de nossa região. Por tão grande conquista, mas também pela superação de cada um e cada uma dos(as), agora, Professoras e Professores. NESTA NOITE, UMA LUZ MAIS FORTE BRILHOU NO BRASIL. ELA PROVINHA DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS.