No dia 16 de setembro de 2015, se completou os 198 anos da separação política da antiga Comarca de Alagoas da também antiga Capitania de Pernambuco. Duas províncias, dois estados separados politicamente, numa ação protagonizada pelas elites. Mas há coisas que as elites e seus limites não conseguiram separar, quase dois séculos depois. Somos o mesmo povo. Compartilhamos - além de uma história comum de luta contra a opressão - o coco (primeiro gênero musical brasileiro), a toré, o maracatu, o frevo, o reisado, o guerreiro, o pastoril, a poesia, a cantoria... Amanhã, em vez de comemorar a divisão política das classes dominantes, vamos celebrar a integração cultural de nossos povos. Não se trata de promover uma "campanha de restauração", algo bastante superado, mas a síntese dessa "promiscuidade cultural" que move nosso sentimento de nação. A cidade de Palmeira dos Índios, antiga Aldeia das Alagoas e Mucambo de Pernambuco, foi o palco dessa festa.Palmeira dos Índios é o Reino Encantado de Alambuco. (Cosme Rogério)

Mas, o que significa ALAMBUCANO, senão "O Alagoano e o Pernambucano Se Amalgamando e Parindo o Lindo e Belo, Alambucano".

Fronteiras foram rompidas e pudemos ter um final de tarde regado ao que melhor define e é inerente à natureza humana – A ARTE. Contando com a participação da população, as criadoras desse movimento POÉTICO: Naillys Araújo, Rafinha Costa, Milena Correia, Jéssica Fonsêca. Junto com os amigos e professores Cosme Rogério e Edmilson Sá, organizaram o II SARAU ALAMBUCANO – nome este, dado pelo professor Cosme Rogério – numa alusão aos Alagoanos e Pernambucanos, ambos irmãos, mas que vivem separados geograficamente. E como somos um só POVO, pois onde quer que estejamos somos brasileiros, o II SARAU ALAMBUCANO uniu TRIBOS, CIRANDAS, O HIP-HOP, ROQUEIROS, SKATISTAS, EMBOLADORES, CONTISTAS, MÚSICOS, CANTORES, POETAS DE TODOS OS GÊNEROS, ORQUESTRA TRIBONE, MALABARISTAS, ARTESÃOS E O POVO, QUE, SEGUNDA EDIÇÃO, ULTRAPASSOU, EM MUITO, OS NÚMEROS DO SARAU DO ANO PASSADO.

Foi assim que tudo CONVERGIU... Abrindo o Evento, o Grupo PAU NA LATA levantou a plateia presente com suas performances... A CAPOEIRA colocou todos numa CIRANDA maravilhosa... Outros artistas também tiveram espaço. Em que ninguém foi marginalizado. E o HIP-HOP deu um show de rima e ritmo... ESTUDANTES das Escolas como Colégio Estadual Humberto Mendes, IFAL, Cristo Redentor, Graciliano Ramos, Marinete Neves, Remy Maia, FACESTA, UNEAL, UFAL, CESMAC e Professores Universitários, Acadêmicos, os Poetas populares da Cidade, Imortais da APALCA, juntaram-se a um Espírito Jovem que CRESCEU, TOMOU VOLUME E INUNDOU a Cidade com o que ela estava carente.

No II SARAU ALAMBUCANO Vimos POETAS já consagrados Declamando seus trabalhos. Mas o melhor mesmo foi vermos dezenas desses jovens recitando, interpretando e cantando o que de mais belo, e transgressivo também, existe no nosso cenário Cultural atual. Houve filas para os que quisessem se apresentar. Os Poemas, segundo à tradição, estavam no varal, para os presentes verem, pegaram, declamarem e levar os poemas para suas casas. E tudo isso ao vivo e acessível a todos e a todas as pessoas. Num verdadeiro exercício de liberdade criativa, literária e cultural. O II SARAU ALAMBUCANO, mais uma vez, convergiu as mais diversas tribos e povos. POETAS E CONTISTAS DE OUTROS ESTADOS TAMBÉM ESTIVERAM PRESENTES. Dessa forma, só temos a agradecer A TODAS E TODOS, que se fizeram presentes, neste II SARAU ALAMBUCANO. Também agradecemos àqueles que direta ou indiretamente ajudaram na concretização do evento. Porque "NO LUGAR ONDE AGORA, TUDO ACONTECE, ACONTECE DE TUDO – PALMEIRA"