Um homem que ficou quase 30 anos preso pelo abuso sexual e assassinato de uma menina de 15 anos em 1984 em Chicago, nos EUA, foi solto nesta quarta-feira (11) após um juiz descartar as acusações contra ele.

Christopher Abernathy, de 48 anos, foi solto após um juiz concordar com o pedido da promotoria para descartar sua sentença de prisão perpétua. Ele foi condenado em 1987, mas um teste de DNA realizado em agosto de 2014 o excluiu do caso.

“Ele está exultante e muito feliz de poder ir para casa, de saber que estar livre e poder estar com sua família”, disse Lauren Kaeseberg, advogada de Abernathy.

Segundo sua defensora, a pessoa que o acusou originalmente retratou seu testemunho.

A promotora Anita Alvarez afirmou que uma nova investigação do caso revelou diversos aspectos perturbadores, incluindo o fato de que “Abernathy pode sofrer de uma pequena incapacidade mental e que ele assinou uma confissão que não tinha detalhes do crime.”

O homem foi condenado em 1987 pela morte de Kristina Hickey, uma jovem de 15 anos que foi estuprada e assassinada. O corpo dela foi encontrado dois dias após seu desaparecimento.

Abernathy foi preso um ano depois e assinou um document no qual implicava seu envolvimento após mais de 40 horas de interrogatório. Ele disse posteriormente que foi forçado a assinar o texto.

Segundo sua defesa, ele tem dificuldades de aprendizado e deixou a escola aos 15 anos. “Ele pode ter sido forçado a assinar a confissão após terem dito que era a única forma de ir para casa e ver sua mãe”, disse Kaeseberg.

O caso faz parte de uma unidade da promotoria criada em 2012 para investigar novamente casos com problemas.

A defesa de Abernathy disse que ele não tem planos por agora. Ele deve primeiro se acostumar com a vida fora da prisão.