Rede de Urgência assegura assistência aos usuários do SUS

  • Agência Alagoas
  • 28/10/2014 06:12
  • Brasil Mundo
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A implantação da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) em todas as regiões da saúde do Estado beneficia os alagoanos, que passam a ter o atendimento mais perto de suas residências, evitando a superlotação das unidades na capital. A Rede visa reorganizar a atenção às urgências e emergências no Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando o acesso da população e garantindo o atendimento rápido e adequado.

Coordenada pelo Ministério da Saúde (MS), a ação é executada pelo Estado e municípios, com o objetivo de articular e integrar os equipamentos de saúde, assim como ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários. No Estado, as ações da Rede iniciaram com a publicação da Portaria nº 2.919, de 20 de dezembro de 2012, que aprovou “a etapa I do plano de ação da Rede de Atenção às Urgências do Estado de Alagoas e municípios e aloca recursos financeiros para sua implantação”.

Essa implantação da rede alcançou todas as regiões de saúde do Estado com a implantação da Portaria nº 1.584, de 31 de julho de 2014. De acordo com o diretor estadual de Assistência Hospitalar, Rogério Barboza, há investimentos nos serviços de porta de entrada, UTI adulta e pediátrica e leitos de retaguarda dos hospitais habilitados pelo MS.

“Com esse modelo de rede de atenção, pretendemos ampliar o acesso da população aos serviços de urgência e emergência na rede pública, garantindo atendimento rápido e adequado aos pacientes, o que ajuda a reduzir mortes e sequelas”, esclareceu Rogério Barboza. Ele lembrou que esses são apenas os incentivos da Rede e que ainda existem incentivos estaduais que beneficiam a saúde por meio dos programas estruturantes.

Constatação 

No Hospital Regional Santa Rita, em Palmeira dos Índios, que integra a 8ª região de saúde, a unidade dispõe de seis leitos de UTI adulta, 22 leitos de retaguarda e a porta de entrada realiza 150 atendimentos/dia. Segundo o diretor do hospital, Roberto Salgueiro, a organização da Rede proporcionou a expansão do número de leitos, o fortalecimento da estrutura hospitalar e a melhoria da qualidade profissional e, consequentemente, da assistência ao paciente.

“Junto com a Rede de Urgência e Emergência, foi criada ainda a regulação dos leitos para aumentar a eficiência da atenção aos pacientes. Com essa nova filosofia, o leito passa a ser administrado pela Central de Regulação e o paciente é acolhido, evitando que o usuário fique no corredor”, esclareceu Salgueiro, lembrando que os pacientes encontram a porta de entrada clínica tanto no Hospital Regional Santa Rita como na UPA do município.

O agricultor Valdemar Félix de Oilveira, 85 anos, é um dos beneficiados pela implantação dos leitos de retaguarda da RUE. Isso porque, a unidade de referência em Palmeira dos Índios é o lugar mais próximo para socorrer, assim como ele, quem reside no município de Estrela de Alagoas. “Não temos condições de ir a um local mais distante para sermos atendidos, então acho a iniciativa da regionalização muito boa, porque aqui encontramos o socorro que precisamos”, disse a dona de casa Sandra Silva, sobrinha do paciente.

Do município de Belém, a agente administrativa Maria Aparecida Cordeiro encontrou, na UTI adulto do Hospital Regional de Palmeira dos Índios, o leito necessário para internação devido às fortes dores no peito. “Essa unidade sempre foi referência para mim e toda a família”, contou a paciente. O coordenador da clínica médica, João Pereira, informou que o hospital preza pela constante rotatividade. “O tempo de internação é reduzido e temos o mesmo profissional acompanhando o paciente da UTI à clínica - o que reforça um melhor acompanhamento do paciente”, esclareceu.

Serviços da Rede

O Governo do Estado é o responsável pelo desenho da rede, o processo de habilitação e, posteriormente, o monitoramento. Atualmente o Estado já tem, em pleno funcionamento, os serviços de porta de entrada nos municípios de Arapiraca (Hospital Regional e UE do Agreste), Maceió (Hospital Geral do Estado), Palmeira dos Índios (Hospital Regional Santa Rita), Penedo (Santa Casa) e São Miguel dos Campos (Santa Casa); além das UPAs de Marechal Deodoro, Palmeira dos Índios, Viçosa e Penedo.

Os serviços de UTI adulta e pediátrica são ofertados nos municípios de Arapiraca (Hospital Chama), Coruripe (Hospital Carvalho Beltrão), Maceió (Hospital do Açúcar), Palmeira dos Índios (Hospital Regional Santa Rita), Santana do Ipanema (Hospital Clodolfo Rodrigues) e São Miguel dos Campos (Santa Casa).

A Rede conta 201 leitos de retaguarda que estão funcionando em Maceió (122), Arapiraca (57) e Palmeira dos Índios (22), além dos 124 leitos em processo de habilitação. “Esses leitos de retaguarda têm o papel de reduzir o número de pacientes no corredor dos hospitais”, disse o diretor estadual de Assistência Hospitalar.

Para efetivar o projeto da Rede, Rogério Barboza defendeu que a taxa de permanência no leito de retaguarda não deveria ultrapassar 10 dias. Ele disse também que a meta do Estado é trabalhar com uma taxa de ocupação de 85% dos leitos - iniciativa que visa desafogar as unidades da macrorregião, concentradas em Maceió e Arapiraca.