Filho de Eduardo Campos faz primeira comunhão em missa na casa da família

  • Caio Barbosa - O Dia
  • 16/08/2014 16:53
  • Brasil Mundo
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Amigos e lideranças políticas de todo o país compareceram na tarde deste sábado na casa da família do candidato à presidência da República, Eduardo Campos, para uma missa celebrada pelo Padre Adilson e Frei Rinaldo. Durante a cerimônia, um dos filhos do ex-governador, José, de oito anos, recebeu a primeira comunhão. Presente na missa, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) relembrou sua relação com Campos.

"Conheci Eduardo Campos ainda moço, com 18, 19 anos, durante a campanha pelas diretas nos anos 80. Era um grande amigo e estava sempre junto de seu avô Miguel Arraes. Por isso fiz questão de vir aqui dar um abraço na família. Pude acompanhar aqui a primeira comunhão do filho José e foi uma celebração muito bonita, todos estavam muito emocionados".

O senador revelou um desabafo feito por Renata Campos, lamentando a morte do repentina do marido. Segundo Suplicy, a viúva de Eduardo Campos lamentou dizendo que "toda sua vida foi feita em comunhão com o marido, eles decidiam tudo junto, mas que ele esqueceu de dizer que partiria mais cedo".

Padre Adilson, com quem Eduardo Campos e a família se confessava há anos, disse que o pedido para a realização da primeira comunhão de José partiu da mãe Renata. "Sou amigo da família há muitos anos, conhecia Eduardo desde pequeno e vim aqui para trazer mais uma palavra de conforto para a família que está muito serena. A pedido de Dona Renata, celebramos a primeira comunhão do menino José. Foi uma cerimônia muito emocionante".

Já o Frei Rinaldo ficou surpreendido com a força da família de Eduardo Campos. "Me surpreendi ao ver a força dessa família. Já estavam todos confortados pela fé que é o mais importante neste momento. Celebramos a comunhão do José, estreitando ainda mais os laços do menino com o Nosso Senhor Jesus Cristo".

Campos será enterrado em sepultura comum

A sepultura onde serão enterrados os restos mortais do ex-governador Eduardo Campos chama a atenção de quem chega ao cemitério público Santo Amaro, o maior do Recife. Mas não pela pompa do mausoléu, até porque não há qualquer mausoléu. A família Arraes tem apenas uma sepultura simples, junto ao chão, no setor popular.

Nos últimos dias, os funcionários da prefeitura fizeram alguns retoques no local, mas preservando as características e desejos da família de Eduardo Campos, que será enterrado na mesma sepultura do avô, Miguel Arraes, que também governou Pernambuco, onde é idolatrado até hoje.

"Fizemos algumas adequações a pedido dos familiares, mas nada grandioso. A família de Eduardo Campos é de gente comum, não gosta de pompa. Eles são gente da gente", conta a jardineira Ivanise Santos, que há dez anos cuida do túmulo de Miguel Arraes e, agora, Eduardo Campos.

O cemitério Santo Amaro ficará aberto ao público durante todo o fim de semana, mas para evitar tumultos, uma pequena área em volta da sepultura de Eduardo Campos será isolada para dar privacidade à família na hora da despedida ao ex-governador.

"Será meramente em função do respeito e do direito à família, nada contra os eleitores e fãs do ex-governador. O cemitério não será fechado e, depois do sepultamento, os fãs poderão chegar mais perto da sepultura", explicou Petros Tejo, chefe da Divisão de Necrópoles do Recife.

Sepultamento será na tarde de domingo

O enterro de Eduardo Campos está previsto para ocorrer entre 16 e 17h deste domingo, na capital pernambucana. O movimento é grande em frente ao Palácio do Campo das Princesas, na área central do Recife, na manhã deste sábado. Os funcionários do local preparam o velório de Campos e dos três assessores que morreram em um acidente aéreo em Santos na última quarta-feira.

A missa campal ocorrerá às 10h deste domingo, em frente ao Palácio e será aberta ao público. O sepultamento deve ocorrer entre 16 e 17h. A previsão é de que 150 mil pessoas compareçam ao cemitério de Santo Amaro, também na área central da cidade.