Mototaxista é preso por transportar droga e celular em recipiente com fundo falso

  • Minuto Palmeira - Berg Morais
  • 05/09/2013 06:34
  • Interior

“Para correr atrás de bandido as viaturas da Polícia Militar estão sem combustível, mas para prender um único mototaxista aparecem três ou quatro viaturas”. A frase é do mototaxista Gustavo ao comentar a prisão de um companheiro de trabalho, acusado por tráfico de drogas. Ele acredita que o trabalho da polícia deve ser mais ativo e sem sensacionalismo. José Arnaldo Farias da Silva, de 26 anos, foi preso na tarde desta quarta-feira (04) por levar uma recipiente com fundo falso, onde transportava maconha e um aparelho celular.

Contratado para entregar uma quentinha na delegacia regional de Palmeira dos Índios, “Júnior Mototaxi”, como é conhecido, foi surpreendido ao chegar a sua residência, quando recebeu a notícia de que havia maconha e um aparelho de celular junto aos alimentos que ele encaminhou a um dos 51 presos daquela unidade prisional.

O material foi encontrado após revista no recipiente entregue pelo acusado. Trinta e quatro gramas de maconha e um celular foram encontrados pelos agentes da 5ª DRP.

Em depoimento à Polícia, José Arnaldo disse não ter conhecimento dos produtos ilícitos encontrados. “Uma mulher me parou na rua e pediu pra entregar a marmita na delegacia. Ela me pagou e fui fazer o meu trabalho. Não me cabe abrir os produtos ao qual sou contratado para entregar”, esclareceu o acusado.

De acordo com um agente de polícia, ao entregar o recipiente com os alimentos José Arnaldo deixou o número registrado em seu colete, o que facilitou sua identificação junto a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito – SMTT.

Preso recebe apoio de companheiros de trabalho

Insatisfeitos pela prisão do companheiro, alguns mototaxistas procuraram emissoras de rádios da cidade para protestar em defesa do acusado. As maiorias das reclamações se dão pela atuação da Polícia Militar na cidade. “Para correr atrás de bandido as viaturas da Polícia Militar estão sem combustível, mas para prender um único mototaxista aparecem três ou quatro viaturas”, criticou.

“Ele é inocente. Apenas fez o trabalho dele. Poderia ter acontecido com qualquer um de nós”, enfatizou o mototaxista conhecido como Jô.

Dezenas de mototaxistas permanecem em frente ao prédio da 5ª DRP numa manifestação de apoio a José Arnaldo.