Opinião Pública: como se sabe, ela teve seus inícios com a Revolução Francesa. A Opinião Pública era definida como expressão no espaço público de uma reflexão individual ou coletiva sobre uma questão controvertida e concernente ao interesse ou ao direito de uma classe social, de um grupo social ou mesmo da maioria… A Opinião Pública é o uso Público da Razão, um juízo emitido em público sobre uma questão relativa à vida Política – Vida Pública é todo o espaço físico e abstrato da vida Coletiva e individual, seja na família, no bairro, no trabalho ou na escola – uma Reflexão feita em Público… E por isso define-se como uso Público da Razão. Com direito à Liberdade de Pensamento, Liberdade de Expressão. (Marilena Chaui)
A Cidade Ganhou Alguns Presentes, Mas Precisa Ganhar Mais…
Primeiro, Há Um Presente, que nossa cidade precisa ganhar, que é a compreensão de que a Liberdade de Expressão é um direito e que precisa ser preservado. E que PROTESTO não é VANDALISMO. Vandalismo é o DESCASO. VIOLÊNCIA é vermos a SAÚDE E A EDUCAÇÃO moribundas, à beira de um colapso. E, por mais estúpidas que sejam as desculpas – pois não há desculpa ou justificativa quando os problemas persistem – a OPINIÃO PÚBLICA não pode, não deve e esperamos que nunca cesse de lutar. Uma vez que, é nessa Liberdade de Expressão, que nascem/aparecem e são resguardados os princípios da Democracia.
E quando vimos os Servidores da Saúde e da Educação do Município, no aniversário de Palmeira dos Índios, no dia 20 de Agosto de 2013, sendo impedidos de adentrarem – ou seja – foram forçados pela polícia militar – a mesma que existe para proteger à vida e preservar a integridade da Pessoa Humana – a ficarem, pelo menos, a uns 100 metros de distância das comemorações da cidade. Então, percebemos que alguma coisa não estava certa. Isto sim é uma violência – ao direito de ir e vir, à Liberdade de Expressão.
É preciso lembrar que, poucas horas antes, defronte à Casa Museu Graciliano Ramos, houve outra manifestação; esta, contra a FUNAI – no caso das Demarcações de Terras em Palmeira dos Índios. Mas nessa manifestação não houve polícia militar impedindo os MANIFESTANTES de fazerem os seus protestos. Talvez porque os manifestantes – Vejam na foto, que são contra a demarcação de terras – não são VÂNDALOS e não têm interesse algum a não ser na MELHORIA DA CIDADE…
O Outro Presente foi, claro, as comemorações cívicas da cidade, em seus 124 anos de Emancipação Política – lembramos que Palmeira dos Índios tem a mesma idade do Brasil República, ambos em 1889.
Com os atrasos costumeiros, em desfiles cívicos, tudo ocorria bem até que, soube-se que a Escola Marinete Neves tinha se atrasado, em função de algumas roupas que não tinham chegado. E isto colocaria a Escola Marinete Neves para ser a última a desfilar. Mas todos os Palmeirenses – há pelo menos cinco (5) décadas – sabem que é tradição que o desfile cívico seja encerrado pelo COLÉGIO ESTADUAL HUMBERTO MENDES. E por mais de uma hora houve um impasse, um braço de ferro, para ver quem desfilaria por último.
Depois de algumas deliberações e, por respeito à população – uma vez que não fora o Estadual que se atrasara – o Gigante do Asfalto desfilou, trazendo alegria e COREOGRAFIAS – realizadas pelo Coreógrafo Jadson Santos – espetaculares. Com o tema: JOVEM GUARDA. A Comissão de Frente era composta por estudantes customizados (num belo trabalho da Naide Costureira) em trajes que nos remontara aos anos 60s – dançando baladas de Rock, com motos, carros e adereços que nos remetiam aos anos dourados da Jovem Guarda. Uma apresentação que emocionou Senhores e Senhoras e fez jovens e adolescentes sentirem o quanto a Jovem Guarda contribuiu para a música brasileira e ainda faz parte do imaginário popular.
A Banda, sempre muito bem afinada – créditos ao Maestro Jailton Lima de Almeida – que teve pouco mais de dois meses para ensaiar, coreografar e afinar, aquela que é a Banda Fanfarra de maior tradição do interior de Alagoas.
Por fim, as BALIZAS do Humberto Mendes Estavam Magníficas. Com coreografias atuais espetaculares. Inovações que marcaram este desfile. Os adereços, a maquiagem e a postura, um perfil a ser seguido, uma vez que a multidão que esperava e acompanhou a Escola, ficou extasiada, eufórica e viu, mais uma vez, um grande desfile.
Tão grande foi o desfecho, que quando o Colégio Estadual Humberto Mendes passou, bem, levou boa parte da multidão junto com ele…
Parabéns Diretor André Galdino Fidelix e aos Adjuntos Milton Barbosa e Evila Canuto e aos Coordenadores, Professores, Funcionários e a todos os envolvidos, nesta que será, talvez, a melhor apresentação que Palmeira dos Índios viu, em Seu Aniversário…
Parabéns Palmeira dos Índios – pois recebera dois grandes presentes, num único dia… Um, Para Lembrar As Pessoas De Palmeira, Quem Elas São… O Outro, Para Fazer Com Que O Povo Palmeirense Nunca Se Esqueça Do Colégio Estadual Humberto Mendes…