Dia mundial do meio ambiente ''Nossa paixão suja pelo LIXO"

  • Edmilson Sá
  • 05/06/2013 06:08
  • Edmilson Sá
Gramacho
Maior Lixão do Mundo
Maior Lixão do Mundo

Dia 05 de Junho: Dia Mundial do Meio Ambiente

Ano passado, no recente livro lançado nos EUA, GARBOLOGY: NOSSA PAIXÃO SUJA PELO LIXO – De Edward Humes. Encontramos a seguinte declaração: “Sacolas de papel são tão podres e antiambientais quanto as de plástico”.

Como pensar e desenvolver ações, educação, políticas e um comportamento sustentável?
“Sustentabilidade é Custo”... (Ricardo Amorin)... Então, como desenvolvermos sem prejudicar o nosso meio? Fica fácil falar em sustentabilidade quando se desobriga da culpa de ter quase que acabado com os recursos naturais da terra. Por isso mesmo NOSSA PAIXÃO SUJA PELO LIXO de Edward Humes, tem causado tanta controvérsia. Não se faz uma única folha de papel sem que os resíduos sejam despejados em algum lugar. E mudar toda uma Indústria de maneira sustentável é um custo do qual não vimos e ainda não vemos, na prática, como uma política real. O discurso é bonito, principalmente vindo daqueles que ainda tem o que extrair, usar, consumir. Resta-nos lembrar que, na história da humanidade, nunca nenhuma nação tornou-se desenvolvida industrialmente e social também, sem exaurir seus recursos naturais.

O imperialismo do século XIX foi um exemplo nefasto, pois os “bonzinhos” países europeus justificaram suas investidas na África e Ásia para sustentarem o seu modo de vida em detrimento da miséria que deixaram naqueles continentes. Nos humanizamos quando vivemos em sociedade, mas nos bestializamos nela, quando usamos todos os recursos para manter nosso “padrão” cada vez mais alto, do nosso “viver social”.

O que fazer para mudar? Ou melhor, o que precisa mudar em nós? Só existe uma criatura, na face da terra, que se iguala ao Gênero Humano – O "Vírus”. Ele invade uma célula, se reproduz em demasia, a célula sucumbe e ele, então procura outra célula para se reproduzir, até que o organismo inteiro morra inclusive o próprio Vírus, pois ele traz desgraça a si mesmo. Há milhares de anos o Gênero Humano têm feito o mesmo, entra, se reproduz, destrói e busca outro lugar para extrair desmedidamente todos os recursos do meio em que vive. E com o Protocolo de Kyoto (Quioto), os países desenvolvidos – que já acabaram com seus recursos naturais – agora buscam soluções... Porque deixaram de extrair recursos naturais e têm que busca-los em algum lugar, nos países em desenvolvimento - claro - onde o pouco de recursos ainda mantém o Planeta Terra Vivo...

Ano passado tivemos a Rio mais 20 - de 13 a 22 de Junho 2012, as discussões foram acirradas. Mas, vamos tirar um pouco o foco das políticas ambientais e nos deter em algo mais prático, nosso comportamento mudou, passadas duas décadas depois da Eco 92? E O Protocolo de Kyoto: um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa antropogênicas do aquecimento global.

Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 11 de Dezembro de 1997 e ratificado em 15 de marçode 1999. Sendo que para este entrar em vigor precisou que 55 países, que juntos, produzem 55% das emissões, o ratificassem, assim entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.

Por ele se propõe um calendário pelo qual os países-membros (principalmente os desenvolvidos – os mesmos países que extinguiram há muito tempo seus recursos naturais e jogaram aos países em desenvolvimento, como o Brasil, a responsabilidade de cuidar dos recursos naturais restantes) têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de compromisso (para muitos países, como os membros da UE, isso corresponde a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008).

Não sou contra a natureza humana, pois sou humano também... Mas precisamos mudar - e por dentro - “O mundo procura modelar o comportamento humano; porém... (precisamos) conseguir mudar a natureza humana.“ (Ezra Taft Benson).

Em sala de aula certa vez indaguei aos alunos: QUANDO É QUE A ESCOLA ESTÁ MAIS LIMPA? QUANDO LIMPA TODOS OS DIAS POR FUNCIONÁRIOS? NÃO!!! A ESCOLA OU QUALQUER OUTRO AMBIENTE É MAIS LIMPO QUANDO ELE É MENOS SUJO... ESTA É A RESPOSTA... Quando aprendermos a sujar menos e a sermos menos escravos de nós mesmos talvez começaremos a entender o que significa SUSTENTABILIDADE. Quando aprendermos a sustentarmos a nós mesmos com o SUFICIENTE, talvez assim poderemos discutir o assunto. E não, simplesmente, aceitar e curvar às proposições de países ou nações que depois de acabar com seu próprio meio tenta impor, a nós, o que devamos fazer com nossos recursos naturais. Vejo a Rio +20 como um espaço para que o Brasil faça algo diferente... Algo que traga sustentabilidade ambiental, mas nos dê sustentabilidade social também. Qualidade de vida social... O quanto poderemos custear para assegurarmos um Desenvolvimento Sustentável...