Os Miseráveis (Les Misérables) é uma adaptação musical do romance de 1862 do francês Victor Hugo. Tom Hooper é o diretor.
Sinopse:
Na França do século 19, o ex-prisioneiro Jean Valjean (Hugh Jackman) é perseguido há anos pelo implacável policial Javert (Russell Crowe), depois que ele violou sua liberdade condicional ao roubar os candelabros de prata da igreja. Anos depois, agora rico e com uma nova identidade, Valjean conhece Fantine (Anne Hathaway), uma de suas ex-funcionárias de sua fábrica, que implora a ele que cuide de sua filha Cosette (Isabelle Allen). O encontro entre os dois muda suas vidas para sempre.
A obra-prima de Victor Hugo, Os Miseráveis, retrata uma França, pós Revolução Francesa à beira do caos. E esse caos vai vir, sangrento e impiedoso, mas vai transformar a vida dos franceses, se alastrando por uma Europa que, no início do século XIX, estava sedenta por mudanças. O povo, as barricadas, Os Miseráveis se revoltaram e mais uma vez o mundo vai mudar, se transformar, em ebulição. E é essas revoltas que deram início à formação de vários Estados Modernos naquele continente.
É neste cenário que Les Misérables - filme que adapta para o cinema o Musical da Broadway baseado na obra de Victor Hugo, lançado em 1862 - faz, desse filme, uma obra inigualável. Um dos maiores musicais que o cinema americano produziu. É pretencioso, sentimental, mas suas canções, atuações e cenários – alguns épicos – traz um brilho novo e carregado de emoção. O filme estreia no dia 1º de fevereiro e concorre a oito (8) Óscares. Vale lembrar que quem conhece ou já viu os dois (2) volumes de Os Miseráveis, vai ter uma ideia do quão dramático, denso e tenso é adapta-lo.
Os menos desavisados vão se surpreender quando algumas canções, que fazem parte do imaginário popular ocidental, forem cantadas. Desde a sua abertura com a música Look Down – que já coloca o filme num patamar épico e eletrizante pois é com ela que conhecemos Jean Valjean – um homem que foi condenado à prisão por 19 anos porque roubou um pedaço de pão para alimentar a irmã caçula que estava morrendo de fome. E é com a bela I Dreamed a Dream – carregada de uma história triste e que infelizmente ainda é tão recorrente na vida de tantas mulheres – e que ficou mundialmente conhecida quando uma desconhecida: Susan Boyle a cantou no Britains Got Talent em 2009, que o filme ganha de vez os expectadores.
Mas o primor do filme vai além das canções... Elas e um Hugh Jackman, Russell Crowe e Anne Hathaway impecáveis, uma reconstituição de época – épica – pois sentimos de perto a atmosfera das ruas de Paris. Esse conjunto, e a conjuntura atual, com um mundo onde Os Miseráveis já são 1 Bilhão, torna-se uma ótima dica para quem gosta de cinema, de musicais e muita emoção. E apesar de ser uma obra de ficção Les Misérables faz parte de um contexto histórico magnífico. Os historiadores vão adorar. Alguns dirão que o filme é cansativo – eu adorei...
Para finalizar, uma parte do Epílogo Finale, do musical Les Misérables. São perguntas que ecoaram e ecoarão pela humanidade, enquanto houverem "Miseráveis" sobre a Terra, clamando por justiça, clemência, liberdade, amor, esperança, paz, felicidade e, principalmente, REDENÇÃO... Aproveitem e se emocionem...
Você consegue ouvir o povo cantando?
Cantando canções de bravos homens.
É a música de um povo
que não será escravizado de novo!
Quando as batidas de seus corações
ecoarem com as batidas dos tambores,
Tem uma nova vida pra começar
quando amanhã chegar!
Você se juntará a nossa cruzada?
Quem será forte e ficará ao meu lado?
Além da barricada,
existe um mundo que desejas ver?
Então se junte à nossa luta
que te dará o direito de ser livre!
Tem uma nova vida pra começar
quando amanhã chegar!
Quem dará tudo que pode dar
para que nossa bandeira avance?
Alguns cairão
e outros viverão.
Você enfrentará
e se arriscará nesse desafio?
O sangue dos mártires
regará os campos da França!