“A maneira como você usa seu tempo determina a pessoa que você é.” (Sister Oaks)

“Esse é o nosso mundo:
O que é demais nunca é o bastante
E a primeira vez é sempre a última chance.” (Teatro dos Vampiros)

A música acima, letra de Renato Russo, é um exemplo dos tempos atuais: POIS JÁ NÃO NOS CONTENTAMOS COM O DEMASIADO E VIVEMOS – OU PELO MENOS, SOMOS IMPELIDOS – DE MANEIRA TÃO IMEDIATA QUE PARECE SEMPRE QUE TUDO O QUE FAZEMOS É NOSSO ÚLTIMO ATO, A ÚLTIMA CHANCE. Como se estivéssemos numa Via Expressa – onde não podemos parar, só correr... Andar na mesma velocidade... Fazer o que todos fazem... Ser o que todos, pelo menos a maioria, desejam ser...

Nesta virada de ano 2012/2013, tentemos refletir no que de bom e quais as perspectivas foram e as que serão almejadas. O que temos feito, como temos usado nosso tempo? Em que tipo de pessoa temos nos tornado? E essa retórica exige uma ou mais explicações, pois por mais que taxadas – e tão comumente usadas e exauridas – ainda não demos conta delas. “Perdemos muito tempo sem fazer nada. Mas, acima de tudo, perdemos muito tempo fazendo coisas que, sinceramente, não diz também, Nada”. E se a situação não mudou... Se nada mais pode mudar... É porque, talvez, NÓS, não estamos mudando... Assumir a responsabilidade é perceber que nós – e não o mundo, os outros – é quem tem e precisa mudar, urgentemente.

Porque “Não Vemos As Coisas Como Elas São. Vemos As Coisas Como Nós Somos.” Dessa forma, o grande desafio, ainda é PROVAR PRA TODO MUNDO QUE NÃO PRECISAMOS PROVAR NADA PRA NINGUÉM.

Assim, algum dia, saberemos o que mais importa, como no célebre poema de Miguel de Cervantes:

Sonhar o sonho impossível
Combater o inimigo imbatível
Suportar uma dor insuportável
Ir aonde os corajosos não se atrevem ir
Corrigir o erro incorrigível
Ser muito melhor do que se é
Tentar, mesmo com os braços exaustos
Alcançar a estrela inalcançável
Sei que somente sendo sincero
Nesta gloriosa busca
Que meu coração ficará em paz e calmo
Quando eu me deitar no descanso final
E o mundo seria melhor por isto
Que um homem desprezado e coberto de cicatrizes
Ainda luta com o que resta de sua coragem
Para alcançar a estrela inalcançável

Parafraseando Carlos Drummond de Andrade: “Nós precisamos Ser do tamanho daquilo que sentimos, que vemos, e que fazemos, não do tamanho que os outros Nos enxergam.”

Mas se sentimos pouco, vimos pouco e fizemos pouco, tão pouco alcançaremos as estrelas... E seremos vistos pelo mundo, não como deveríamos ser vistos, mas como somos de verdade – pequenos... Não que pretendemos ser grandes, mas o mínimo que poderíamos fazer, sentir e ver, seria viver com uma perspectiva sempre renovada... Mas não renovada pelo efêmero, passageiro... Devemos renovar nossas perspectivas pelo que de mais importa em nossa vida: FAMÍLIA, AMIZADES – CRIAR LAÇOS – VERDADEIRAS, CRIATIVIDADE, AFETIVIDADE, FRATERNIDADE...

Um Feliz 2013 significa nos predispor a sermos melhores do que somos agora, não para aparecer, mas para evoluirmos como seres humanos que somos... Para “evoluirmos” para algo tão buscado, mas tão distante ainda... Para que entendamos, que nossa existência passageira, seja, no mínimo, digna de ser lembrada: seja por nossos sonhos, afetos, criações, batalhas, derrotas também; mas, principalmente, nossa Herança... Que nos preocupemos mais com o que deixaremos como herança, às gerações futuras, do que com o que herdamos ou queiramos receber... Um Feliz Ano Novo significa VIVER POR ALGO MAIS IMPORTANTE QUE NÓS MESMOS – e quando soubermos o que isto significa, teremos vivido plenamente... 

Lembrar-se dos Amigos e Familiares. Fazer novas e duradouras Amizades é uma forma de começar bem cada ano... E que isto seja uma constante em nossa vida... Que possamos lembrar que nos próximos 365 dias do ano haja tempo pra fazermos mais pelos outros – o que significa fazer mais por nós mesmos...

Porque:
“Se nossa amizade depender de coisas como espaço e tempo, então, quando finalmente dominarmos os dois terrenos destruídos nossa fraternidade! Mas, supere o espaço e tudo o que nos sobra é O Agir: Supere o tempo, e tudo que nos resta é o agora. E entre o aqui e o agora, você não acha que a gente pode se ver de vez em quando.” (Richard Bach)

Que possamos nos ver mais, nos abraçarmos mais, sentirmos mais e amarmos mais... UM FELIZ 2013!!!