Uma linda Ópera Roquista com grandes e renomados artistas de nosso crescente mundinho guitarreiro (Ailton Junior). Com as pérolas:

*ARIEL/KALIBAN *COMENDO LIXO *A ARCA *IN FECTOS *MISANTROPIA * AGRESSIVE CORP.

O Festival de Rock “Palmeira UnderGround” reuniu, neste sábado dia 15, na Casa de Show Aquárius, em Palmeira dos Índios, várias bandas de rock alternativo. Com uma programação diversificada e bandas dos mais variados gêneros – desde que tocassem rock pesado – pois a plateia ia à loucura cada vez que um clássico do Rock internacional ou brasileiro era tocado... Bastava os primeiros acordes de guitarra para ascender a chama do ímpeto da alma dos roqueiros de gerações variadas. Pois de adolescentes – jovens meninos e meninas às gerações mais antigas, amantes dos clássicos do rock. Sejam travestidos em caracteres que nos remete do dark ao gótico, aos mais simplistas, como os hippies. O que importa, na verdade, é perceber o quanto que o Rock, enquanto música, expressão artística, crítica à sociedade, ou só um deleite para o apreço de um ritmo que nasceu nos subúrbios dos Estados Unidos no final dos anos 1940 e início da década de 1950 e rapidamente se espalhou para o resto do mundo. O certo é que, no final dos anos de 1960 e início dos anos de 1970, o rock entraria de vez para o imaginário coletivo UnderGround. Porque nascia ali, um estilo mais agressivo, arrojado e metálico. Com letras e ritmos alucinantes. E com performances cada vez mais psicodélicas, beirando à loucura. Mas, acima de tudo, com uma alma, um estilo, uma maneira de ser também, próprios. O que, ao longo dos anos, só tem aumentado. Levando cada vez mais tribos e apreciadores dos mais remotos grupos/lugares a se aglutinarem e extravasarem até o êxtase.

É neste ponto que o Palmeira UnderGround desponta como um evento/espaço/coletivo, em que as várias tribos buscam e têm espaço e voz para declamarem suas ansiedades, medos, críticas, poesias, nas mais variadas formas de expressão roqueira.

Entre tantas atrações do evento, chamo a atenção para a Banda Palmeirense "Ariel/Kaliban”.
Em entrevista a este portal, Pancho Romariz
  – Lider da banda – nos cedeu algumas informações sobre a banda:

Quem é Ariel/Kaliban?
Pancho Romariz: é uma banda de Metal de Palmeira dos Índios-AL que foi formada no dia 30 de outubro de 2006. Tem um som autoral com base na literatura brasileira, metal brasileiro e estrangeiro, agregando suas influencias vindas do hard rock, folk, power e heavy metal. Atualmente está na ativa tanto em estúdio/estrada quanto em processo de criação.

Quais as influências da banda?
Pancho Romariz: "influência com Alvares de Azevedo. As faces Ariel e Caliban são apresentadas pelo poeta em sua obra Lira dos 20 Anos, na qual Alvares a divide em três partes: a primeira como "Ariel", a segunda como "Caliban" e a terceira sua poesia retorna como "Ariel". Os escritos das faces Ariel são ingênuos e romanticamente idealizados, enquanto que na face Caliban Azevedo apresenta-se sarcástico, descrente com relação ao amor e tipicamente ultrarromântico - aproximando-se da morte como meio de salvação do amor que ele pensava ter existido enquanto Ariel e que descobriu não existir enquanto Caliban. A representação desses duas faces para a banda Ariel/Kaliban se dará como a dicotomia existente no ser humano, o seu jogo de antíteses em possuir a escolha dos dois caminhos possíveis na vida: o bem e o mal. Isso se reflete também nas letras e na harmonia musical, na qual haverão músicas cujo tema será mais reflexivo (tocada em baladas), como em Descanso, e outras que mostrarão um mundo sombrio transformado pela própria humanidade onde a batida da musica será mais agressiva, como em Castelo de Drácula.

Vejam o Set list show da banda Ariel/Kaliban:

01-Flight of Icarus (Iron Maiden)
02-In a Darkened Room (Skid Row)
03-Homens
04-Oração da Guerra
05-Karma
06-Living For The Night (Viper)
07-Para Sempre
08-Descanso
09-Flight of Icarus (Iron Maiden) "a pedido"
10-Castelo de Drácula

Como um apreciador do Rock, admito que fiquei encantado com as performances de ORAÇÃO DA GUERRA - a flauta com o rock pesado trouxe um lirismo maravilhos - E KARMA (arrebatadoras). Música de qualidade, com interpretações espetaculares. Pancho Romariz (vocalista da banda Ariel/kaliban) hipnotiza a plateia e arranca com sua voz estridente, uma emoção pouco vista, nos ciclos UnderGrounds, pelo mundo à fora. Soma-se a isso, o restante dos integrantes da banda, com solos arrasadores, flautas, baixos e um baterista que faz os HeadBangers irem à loucura.

Outro ponto forte do Evento foi a participação maciça do público feminino. Belas e muito bem produzidas, as garotas roqueiras, são uma atração à parte, pois acompanham, cantam e até encenam uma participação como os headbangers. Menção especial à Jú Lavine, Claúdia Galdino, Naillys Araújo e Yanaira Matos. Que além de embelezarem o evento, contribuem para uma participação bem mais, digamos, contemplativa e menos “violenta”. E elas, as garotas, não são mais coadjuvantes, mas protagonistas e especialista em Rock’n Roll.
Que venha o II Palmeira UnderGround!