Com oitiva marcada para a quarta (14), vice-presidente da Braskem pede ao STF direito ao silêncio na CPI

  • Redação*
  • 12/05/2024 10:55
  • Geral
Foto: Ufal
 Bairro desocupados após prejuízos provocados pela Braskem em Maceió
Bairro desocupados após prejuízos provocados pela Braskem em Maceió

Um dos vice-presidente da Braskem acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para ter garantido o direito ao silêncio em sua oitiva aos senadores. Ele foi convocado para prestar depoimento na CPI que investiga o afundamento do solo em bairros de Maceió, causado pela exploração de sal-gema pela mineradora na cidade.

O pedido foi apresentado ao STF, na quinta-feira (9), pelo vice-presidente de manufatura Brasil e Operações Industriais Globais da Braskem, Marcelo de Oliveira Cerqueira. Ele foi convocado a comparecer à CPI no próximo dia 14 de maio, às 9h.

Os advogados do executivo, David Rechulski e Marco Aurélio de Carvalho, alegaram no habeas corpus ao Supremo que, enquanto executivo da companhia alvo da CPI, Cerqueira é um “coinvestigado” pelo colegiado, mas sua convocação foi aprovada na condição de testemunha.

Enquanto investigados têm direitos como os de não se autoincriminarem e de não responderem às perguntas, testemunhas devem assinar compromisso em falar a verdade e são obrigadas a responder a todos os questionamentos dos membros da CPI.

A defesa solicitou um salvo conduto ao STF que garanta ao executivo direitos ao silêncio e a não ser obrigado a assinar termo de compromisso de testemunha, além de poder ser acompanhado de um advogado durante a sessão e não sofrer “constrangimentos físicos ou morais”, ou seja, ameaças e ordens de prisão caso não responda às perguntas.

 

*com Metrópoles