Defensoria Pública cobra das secretarias de saúde plano de enfrentamento para possível surto de Meningite em AL

  • 15/09/2023 10:27
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A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) emitiu um comunicado oficial nesta quarta-feira (13) dirigido às Secretarias Municipais de Saúde de Maceió (SMS) e à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Neste comunicado, foi solicitado que essas entidades governamentais apresentem, no prazo de 10 dias, um plano de ação abrangente para lidar com a possível epidemia de meningite no estado de Alagoas, com foco específico no município de Maceió.

A solicitação foi formalizada pelo Defensor Público do Núcleo de Proteção Coletiva, Daniel Alcoforado. O pedido detalha a necessidade de fornecer informações sobre as medidas já implementadas até o momento e estabelecer prazos claros para a execução de novas iniciativas destinadas a reduzir a propagação da doença e garantir tratamento adequado aos cidadãos afetados.

Ontem, a Sociedade Alagoana de Infectologia emitiu um alerta às autoridades e à população de Alagoas sobre o aumento de casos de doença meningocócica, uma forma de meningite, na cidade de Maceió. De acordo com um boletim da Sesau, houve um aumento significativo de casos entre janeiro e junho deste ano, com 29 casos de meningite registrados, sendo 21 deles na capital, e lamentavelmente 5 mortes. Esse número é maior em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 24 casos e 4 mortes, de acordo com dados da Sesau.

Em abril deste ano, a Defensoria Pública realizou uma reunião envolvendo as partes interessadas no sistema de saúde pública de Alagoas para discutir a necessidade de estabelecer um protocolo de atendimento, diagnóstico e tratamento para a meningite no estado. O Defensor Público mencionou que, na época, os gestores indicaram o início de um estudo para um novo processo de atendimento, inclusive com a designação do Hospital Helvio Auto como ponto de referência para novos casos. Entretanto, a situação atual é mais crítica devido à possibilidade de um surto.

O defensor ressaltou a importância de as secretarias de saúde definirem e comunicarem quais medidas serão tomadas para enfrentar essa situação e conter a disseminação da doença. Ele destacou questões como campanhas de vacinação, aquisição de vacinas para grupos não cobertos pelo Programa Nacional de Imunização, e a possível ampliação de leitos hospitalares, entre outras medidas necessárias para controlar essa emergência de saúde pública.

*com Assessoria