Cultura Popular é atração deste final de semana em Palmeira dos Índios

  • Redação
  • 17/09/2022 08:20
  • Cultura

I Festa da Cultura Popular,    "Cante, cantador",  um evento que  tem como referência a obra do palmeirense Jacinto Silva,  criador do Coco Sincopado,  é atração neste final de semana (17 e 19), na Praça do Skate, em Palmeira. A programação conta com artistas alagoanos como Cosme Rogério com os caboclos, Ingrid Souza com o coco da nega, Mestre Jurandir Bozo, os filhos do mestre verdelinho o grupo os verdelinhos.

O evento é uma homenagem ao palmeirense , que em 2021 completou duas década do seu  falecimento, um artista que marcou uma geração e até hoje é influência  do coco sincopado, estilo que conjugava em um tempo musical restrito abordagens complexas de elementos composicionais típicos dos artistas nordestinos (trava-língua, desafios, divisões variadas, disputas, improvisações, rimas rebuscadas).

O  produtor cultural cultural Marcondes Correia  fala  com entusiasmo do do projeto. " Escolhemos a expressão “Cante, cantador” porque ela faz referência a uma canção de Jacinto, composta em 1969, e serve para sintetizar a intenção do projeto. Não confundimos “cantador” com a palavra “cantor”, porque, na tradição do cancioneiro popular nordestino, cantador é o cantor que lança e se submete ao desafio, ao improviso, à peleja. É alguém que canta a dor, a alegria, a saudade, o lamento e o grito de um povo que hoje parece perder a sua referência, a sua ousadia, a sua vontade de ser feliz" explicou o produtor.

O projeto é de autoria do produtor cultural Marcone Correia, inscrito no edital Dinho oliveira um dos instrumentos lançados através da lei Aldir Blanc no estado de alagoas no ano de 2020, o qual o foi selecionado pra execução em 2021, mas devido a pandemia, só está sendo possível a realização agora.  " Esperamos, portanto, que a concretização deste projeto – que tem na arte musical de Jacinto Silva o mote principal – possa recuperar/divulgar o trabalho de artistas talentosos, criativos e preocupados em fazer da música nordestina uma trincheira de resistência no processo de construção da identidade do povo brasileiro" finalizou Marcondes Correia.