Conselho flagra aluno atuando como dentista em prefeitura de Alagoas
- Vanessa Siqueira
- 22/06/2017 13:40
- Maceió
O Conselho Regional de Odontologia (CRO-AL) recebeu graves denúncias de que alunos de odontologia estavam exercendo de forma ilegal a profissão em Alagoas. Nas últimas semanas foram flagrados três casos, um em Maceió, outro em Arapiraca e um aluno que era contratado pela prefeitura de Santa Luzia do Norte e atuava como dentista no município.
O Conselheiro Presidente do CRO, João Alfredo Tenório Lins Guimarães, disse que todos os flagrantes ocorreram após denúncias anônimas. O caso mais grave foi identificado em Santa Luzia do Norte, onde o aluno de odontologia foi flagrado atuando contratado pela prefeitura. A ilegalidade só foi descoberta porque o estudante mesmo não tendo concluído a graduação e ser habilitado para o exercício de suas funções, emitia atestados.
“Uma empresa de telemarketing questionou a quantidade de atestados que recebeu desse dentista e foi quando descobrimos que ele era estudante. O caso já foi encaminhado para o Ministério Público do Estado e para a Polícia Civil para que as devidas providências sejam tomadas. Ele foi afastado de suas funções no município nós também já comunicamos o caso a instituição de ensino que ele pertence para que ela também adote medidas”, disse.
Já no caso flagrado em Arapiraca, o CRO chegou até a aluna que atuava de forma irregular por conta de anúncios feitos por ela em seu perfil no Instagram. O Conselho também flagrou alunos oferecendo alguns serviços duvidosos, como clareamento dentário em domicílio.
“Quando uma pessoa chega num consultório e vê uma pessoa paramentada com jaleco e as pessoas a chamando de doutor, ela não tem como saber se é um profissional ou não e isso é muito perigoso. Nós temos locais adequados para fazer os procedimentos e por serem alunos, eles não poderiam fazer tais serviços, é ilegal”, alertou.
Além de sanções administrativas junto às instituições de ensino, os alunos flagrados pelo Conselho devem responder criminalmente perante a Polícia e o Poder Judiciário. Já os responsáveis por clínicas ou consultórios, que acobertam esses alunos ou qualquer pessoa não habilitada em exercício ilícito da odontologia, incorrem no mesmo crime, disse o CRO.
Guimarães disse que a população pode confirmar se está sendo atendido por profissional habilitado entrando em contato com o CRO-AL através do fone 3221-1726 ou através da página do Conselho na internet (www.croal.org.br).
“Nós estamos inclusive realizando um trabalho junto às instituições de ensino que ofertam o curso de Odontologia no estado para que sejam tomadas as devidas providências, pois não é só se formar e pegar o diploma”, completou.
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