Preso há mais de 150 dias acusado de ser o mandante do crime que vitimou o empresário Reyneri Canales, o ex-vereador Arnaldo Cavalcante continua preso no presídio de segurança máxima Baldomero Cavalcante. O Desembargador Otávio Leão Praxedes foi quem decidiu pela permanência do acusado na prisão por conta do “temor que o agente possa intimidar de algum modo as testemunhas”.

O caso ganhou repercussão por conta da insistência da família da vítima em busca de solucionar o crime de mando. A médica Helenilda Veloso - mãe de Reyneri – fez peregrinação em emissoras de rádio e TV, além de percorrer a redação dos portais de notícia de todo o estado cobrando a aceleração das investigações.

Em 27 de dezembro de 2012, dia em que Arnaldo foi preso, ele concedeu exclusiva ao MinutoPalmeira e afirmou ter tido problemas com Reyneri, mas negou participação no crime. “Infelizmente, ligaram uma versão de alguns fatos que foram besteiras que aconteceram lá pra trás”, relatou.

No dia 25 de março de 2013 aconteceu no fórum de Palmeira dos Índios a audiência de instrução e julgamento do caso. Na ocasião, foram interrogadas as testemunhas arroladas pela acusação e defesa. Dezesseis pessoas foram ouvidas, entre elas o ex-vereador Jaime Farias. A audiência foi presidida pelo Juiz Ferdinando Scremin Neto, titular da 4ª Vara criminal, que ainda não expediu a sentença de pronuncia, onde decidirá quais acusados irão a julgamento popular.

Além de Arnaldo Cavalcante, também permanecem presos Eli Oliveira de Almeida, Paulo Roberto Xavier de Araújo – o “Paulo Bala” – e Rogério Ferreira dos Santos – o Cabo Lelo, ambos acusados de serem os autores materiais do crime.

Nossa reportagem tentou contato com os advogados que representam os acusados para pedir informações sobre o andamento do processo judicial, mas os telefones estavam fora de área ou desligado.