Os 90 anos da Praça da Independência

  • Redação
  • 10/09/2012 05:30
  • Cultura

Um importante espaço público, testemunha de diversos momentos da cidade de Palmeira dos Índios e ponto de encontro de várias juventudes palmeirenses, está prestes a completar 9 décadas de existência com a denominação atual, embora sua origem remeta ainda ao século XIX.

O antigo Quadro, onde se realizava a feira livre de Palmeira dos Índios – oficialmente chamado de Praça Dom Pedro II desde 1887 – mudou de nome quando a sede do poder executivo municipal foi transferida para aquele endereço, levando o mesmo a ser chamado de Praça da Intendência (era assim que se chamavam as prefeituras, até o ano de 1930). Em 7 de setembro de 1922, em comemoração ao centenário da proclamação da Independência do Brasil, o então intendente (prefeito) Francisco (Chico) Cavalcanti alterou o nome do logradouro para Praça da Independência.

O prédio da antiga Intendência (cuja fachada foi desenhada por um então adolescente de 14 anos chamado Adalberon Cavalcanti Lins, que mais tarde se tornaria um grande romancista alagoano) funciona como sede do poder executivo municipal desde 1919, quando do primeiro mandato do prefeito Lauro de Almeida Lima. Foi construído num terreno que pertencia ao velho coronel Sebastião Ramos, pai de Graciliano Ramos, e ficou sendo a vizinha esquerda da loja de tecidos da qual o escritor tomava conta, exatamente no ponto comercial que hoje abriga uma loja de eletrodomésticos. Aí existiu a Loja Sincera, fornecedora de tecidos e miudezas. Liquidado o comércio da família Ramos na década de 1930, Petronilo Torres abriria depois, no mesmo lugar a Casa São Paulo, administrada por seu filho Luiz B. Torres até o falecimento deste, em 1992. Em 2001, Byron Torres, filho de Luiz B. Torres, fechou definitivamente a loja e derrubou toda a fachada que era preservada ainda como Graciliano a havia conhecido.

A Praça da Independência, marco zero da cidade de Palmeira dos Índios, é o quartel-general do frevo durante o carnaval, sendo também o local de realização de diversas outras atividades e festividades. Está imortalizada na literatura universal, graças à obra do Mestre Graça.